Um Dia Antes de Todos os Outros (2024), longa-metragem nacional dramático, exibido durante a 48º Mostra Internacional de Cinema de SP, com classificação indicativa 14 anos e 73 minutos de duração.
A direção de Fernanda Bond e Valentina Homem aborda dinâmicas femininas, trazendo à tela uma história que entrelaça cuidado e ausência, explorando o afeto complexo entre mãe e filha durante a adolescência.
A trama principal, se passa em meio à pandemia do Coronavírus e, gira em torno da personagem Sofia (Marianna Bittencourt), uma jovem que improvisa rimas e expressa sua arte na comunidade onde vive, no complexo da Maré, no Rio de Janeiro, enquanto sua mãe, Marli (Clarissa Pinheiro), enfrenta o desafio de desocupar o apartamento de classe média alta onde trabalhou, mais de vinte anos, como cuidadora de Iara (Elvira Helena). Este último dia de trabalho traz à tona velhos sonhos e novos planos, marcando um ponto de virada na vida de ambas.
A performance das atrizes principais é convincente, transmitindo a tensão e o carinho presentes na relação familiar central do filme. No entanto, não escapa de certas críticas. Alguns espectadores podem achar que o longa repete fórmulas de dramas naturalistas, sem oferecer novidades significativas ao gênero. Há lampejos temáticos de choque geracional e incomunicabilidade, mas isso pode não ser suficiente para superar a sensação de que o filme é, em última análise, inofensivo. Ademais, o ritmo lento e a falta de eventos dramáticos mais convencionais pode ser um tanto desanimador.
Em resumo, “Um Dia Antes de Todos os Outros” provavelmente dividirá opiniões, refletindode maneira diferente com cada espectador. Para alguns, será uma representação tocante e necessária das experiências femininas, enquanto para outros, pode parecer uma oportunidade perdida de explorar mais profundamente essas histórias.
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