Sugar Baby (Pochemu Ty?, 2024), longa-metragem russo de drama e romance, com classificação indicativa 18 anos e 103 minutos de duração, dirigido por Aleksandr Prost, é uma obra que mergulha nas complexidades das relações humanas sob a lente do amor e do desejo.
O filme segue a jornada de um homem casado que se encontra emaranhado em um relacionamento com uma jovem mulher, questionando os limites da fidelidade e da moralidade. Prost apresenta uma narrativa que oscila entre o drama e o romance, explorando as nuances de um relacionamento ilícito com uma abordagem que tanto critica quanto simpatiza com seus personagens.
A atuação de Daniil Vorobyov, que interpreta o protagonista, é convincente, transmitindo uma complexidade que torna seu personagem tridimensional e profundamente falho. Angelina Zagrebina, no papel da jovem amante, entrega uma performance que é ao mesmo tempo vulnerável e calculista, deixando o público em um constante estado de ambivalência em relação a suas motivações.
Apesar das qualidades citadas acima, nem tudo funciona muito bem no longa, pois, o ritmo da narrativa por vezes se arrasta, especialmente no segundo ato, onde o desenvolvimento do enredo parece estagnar. Além disso, alguns diálogos soam forçados e não conseguem capturar a naturalidade das interações humanas, o que pode ser atribuído tanto ao roteiro quanto à direção.
A trilha sonora, embora eficaz em momentos chave, é por vezes intrusiva e parece não estar em harmonia com a atmosfera estabelecida pelas imagens. Isso pode distrair o espectador da experiência imersiva que o filme tenta criar.
Em resumo, “Sugar Baby” é um filme que provoca reflexão, apresentando um olhar crítico sobre as escolhas amorosas e as consequências que elas acarretam. Prost consegue capturar a complexidade das emoções humanas e a dor que muitas vezes acompanha o amor. Apesar de suas imperfeições, o filme oferece uma experiência que certamente provocará discussões entre os espectadores sobre os dilemas morais que apresenta.
