O Tarô da Morte (Tarot, 2024), longa-metragem estadunidense de terror e comédia, distribuído pela Sony Pictures, estreia, oficialmente, nos cinemas brasileiros, a partir de 16 de maio de 2024, com classificação etária 14 anos e duração de 87 minutos.
O gênero de terror voltado para o público jovem frequentemente explora a premissa de adolescentes interagindo com forças que estão além do seu controle, desencadeando uma série de eventos catastróficos, onde a curiosidade leva a consequências fatais.
O filme é baseado no livro Horrorscope, escrito por Nicholas Adams. No cerne da história, um círculo de amigos desconsidera um princípio fundamental das leituras de tarô – nunca utilizar as cartas de outra pessoa – e acidentalmente liberta uma entidade maligna que estava confinada dentro do baralho. Confrontados com as previsões sombrias das cartas, eles são forçados a enfrentar seus destinos, lutando para evitar as mortes anunciadas.
A direção de Spenser Cohen (roteirista de Moonfal: Ameaça Lunar, 2022 e Os Mercenários 4, 2023) com o roteiro de Anna Halberg apresenta uma abordagem direta e descomplicada, optando por uma narrativa e desenvolvimento de eventos que não buscam reinventar o gênero, mas sim, focar na história que desejam narrar.
O filme não se aprofunda muito na complexidade dos personagens, com exceção dos protagonistas Haley (Harriet Slater) e Grant (Adain Bradley), cujo passado e relação são mais detalhados. Outros atores, como Jacob Batalon, conhecido por seu trabalho na nova trilogia do Homem-Aranha, têm papéis mais superficiais, limitando-se a cumprir o destino traçado pelas cartas.
Ao menos temos bons efeitos especiais (não são usados efeitos práticos) e uma construção de tensão interessante a cada nova morte, ligando o evento a revelação feita na leitura do tarô. E como a classificação indicativa não é elevada, não esperem ver muito sangue ou cenas violentas.
Além de personagens pouco carismáticos, a trama segue uma linearidade segura e sem surpresas, que tem o lado positivo de ser fiel a suas ideias, mas o torna mais do mesmo. O clímax nunca chega, porém, o filme surpreende por não ser tão ruim como os mais pessimistas previam.
No final, fica claro que a trama serve apenas para fins de entretenimento, para quem gosta do gênero ou apenas para quem quer ver jovens tendo momentos infelizes após mexerem com o que não deviam.
Publicado originalmente em https://www.pegaessanovidade.com.br/pega-essa-dica-o-taro-da-morte/
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