Novo filme de Pedro Diógenes, “Centro Ilusão”, leva o prêmio de Melhor Longa-Metragem da Mostra Competitiva Novos Rumos do Festival do Rio.

Produzido pela Marrevolto Filmes e distribuído pela Embaúba Filmes, CENTRO ILUSÃO traz a música cearense em lugar de destaque

O Festival do Rio 2024 anunciou na noite deste domingo (13) os vencedores do Troféu Redentor da Première Brasil, ao qual concorreram 51 filmes na competição principal e na Novos Rumos, e 35 produções ao Prêmio Felix. A cerimônia de premiação aconteceu no Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro e foi apresentada por Fabíola Nascimento e Juan Paiva.

Novo trabalho de Pedro Diógenes, CENTRO ILUSÃO, levou o Prêmio de Melhor Longa da Mostra Competitiva Novos Rumos da 26a edição do Festival. Produzido pela Marrevolto Filmes e distribuído pela Embaúba Filmes, o longa nasce da relação do cineasta com a música cearense. Protagonizado por dois músicos de gerações distintas, a obra traz a cena musical de Fortaleza em posição de destaque.

Kaio (Brunu Kunk) conhece Tuca (Fernando Catatau) na audição de um laboratório de música em Fortaleza. De gerações diferentes, eles têm visões e esperanças contrastantes, mas carregam o sonho de ser aprovados no laboratório que transformaria suas carreiras.

“CENTRO ILUSÃO parte de sentimentos e angústias que são importantes na minha vida. É um filme que nasce de paixões; mas que também nasce de crises. O filme surge por causa da minha relação com a música cearense. Sou apaixonado pela música do Ceará. A música cearense é fundamental na minha vida e no meu trabalho. Quase todos os meus filmes contam com músicas cearenses como trilha, mas nesse, a música cearense ganha outra importância; pois ela faz parte da narrativa, e ajuda a contar a história e passar os sentimentos dos personagens”, explica o diretor, que também assina o roteiro, e tem no currículo filme como “A filha do palhaço” e “Inferninho”.

Fernando Catatau e Brunu Kunk em ‘Centro Ilusão’. Foto: divulgação

A música é uma espécie de fio condutor do filme. Todas as músicas tocadas são de compositoras ou compositores cearenses. Trazendo além de clássicos, também  músicas de jovens músicos e músicas do estado. Mas além dessa paixão do diretor pela música, o filme também nasce de algumas angústias, algumas crises que ele enfrentou nos últimos anos, que têm a ver com viver de arte no Brasil e no Ceará. O filme aborda as dificuldades de ser um artista e as muitas aprovações e reprovações que passam.

O elenco do longa é quase todo formado por artistas da música de Fortaleza e é a concretização de um sonho juntar tanta gente talentosa que aprecio e que me inspiram. Convidei para o filme pessoas que admiro, artistas que são referências para mim e para a música do Ceará. E ter Fernando Catatau como um dos protagonistas é o símbolo disso.”

Catatau é um dos artistas mais extraordinários do Ceará, e suas músicas foram importantíssimas na vida de diversas gerações. Trazê-lo  para o cinema foi a realização de um desejo antigo de Pedro Diógenes. Fernando Catatau divide o protagonismo do filme com um jovem artista de Fortaleza, o Brunu Kunk.

“CENTRO ILUSÃOé um drama musical que tem como principais temas: amizade, trabalho, conflito de gerações e os sonhos e decepções de se viver de arte. A intenção foi realizar um musical de baixo orçamento, filmado em locações reais (maior parte no Centro de Fortaleza), com uma equipe reduzida e focado em dois personagens que além de atores são músicos que cantam e tocam as canções do filme durante as cenas. O filme é um musical de rua em homenagem a música cearense.”

Além de Catatau e Kunk, o longa conta com diversos artistas cearense, como Patrícia Dawson, Lola Garcia, Di Ferreira, Demick Lopes, Adna Oliveira, Marta Aurélia, Miza Gama, Caiô, Téti, Rogério, Mateus Fazeno Rock e Má Dame, entre outros e outras. 

CENTRO ILUSÃO será lançado no Brasil pela Embaúba Filmes.

Sinopse
Dois músicos, de gerações diferentes, se conhecem em uma audição para um concorrido laboratório de música da cidade de Fortaleza. Tuca tem 50 anos e se sente frustrado com sua carreira. Kaio, 18 anos, é aspirante a artista que sonha em fazer sucesso com suas próprias composições. Os dois estão tentando vaga nesse importante laboratório de música e jogam suas esperanças e sonhos na possibilidade de serem aprovados.

Compartilhe