(A vida já é complicada morando sozinho, então imagina com o crush)
Morando com o Crush (2024), longa-metragem nacional de comédia romântica, distribuído pela Paris Filmes, estreia, oficialmente, nos cinemas, a partir de 23 de maio de 2024, com classificação etária livre e 88 minutos de duração. A direção ficou a cargo de Hsu Chien (Me Tira da Mira, 2022) e quem assina o roteiro é Sylvio Gonçalvez (Confissões de Adolescente, 2013). No elenco principal temos Giulia Benite interpretando a protagonista Luana, amiga de Sofia (Luisa Bastos) e filha de Fábio (Marcos Pasquim). E seu crush Hugo (Vitor Figueiredo) filho de Antônia (Carina Sacchelli).O filme apresenta o dilema de Luana e Hugo, dois colegas de escola cujo amor é testado quando seus pais decidem namorar e se mudar para outra cidade, transformando o romance em um obstáculo aparentemente insuperável, principalmente pelo fato dos moradores do novo local acreditarem que os dois são irmãos gêmeos.
O enredo aproveita para abordar, ainda que superficialmente, questões de saúde e aceitação das diferenças, elementos que inicialmente parecem complicar, mas que eventualmente contribuem para a construção de uma narrativa encantadora e significativa.
A execução do filme consegue ser dinâmica e ao mesmo tempo simples e engraçada. Os momentos que retratam a tentativa de romance entre Luana e Hugo são adoráveis e evocam a atmosfera típica dos filmes de romance adolescente dos anos 2000.
O casal protagonista possuí muita química durante todo o filme, é impossível não torcer por um final feliz e ao mesmo tempo, também é impossível não ficar com raiva de algumas situações que o roteiro introduz (como o interesse romântico dos novos vizinhos) que possam atrapalhar a sintonia.
Alguns outros personagens se sobressaem durante o longa, como Fábio que tem ótimos momentos e cenas engraçadas, ressaltadas, principalmente por causa do carisma do ator que o interpreta. A estreante Sara Alves como Tetê e o veterano Ed Gama como Cleidi abrilhantam momentos importantes da trama.
Alguns pontos curiosos são que o filme claramente se valeu de outras produções como influência, sendo a mais evidente Janela Indiscreta (1954). E que a cidade em que a ação se desenrola é fictícia, sendo na verdade Nova Petrópolis na Serra Gaúcha. A trilha sonora merece ser destacada por engrandecer as cenas. Morando Com o Crush, mesmo tendo como ponto negativo a anti-naturalidade na atuação de alguns atores do elenco secundário, acaba sendo um filme extremamente adorável, com uma trama otimista e envolvente para se assistir junto com alguém especial e aproveitar alguns minutos de romance para se esquecer dos problemas e contemplar uma inocente e bem-feita história de amor.
Publicado originalmente em https://www.parsageeks.com.br/2024/05/critica-cinema-morando-com-o-crush.html
Compartilhe
