Considerado pela cineasta seu filme mais pessoal, nova produção distribuída pela Gullane+ mescla sensualidade, tensão e reflexão social
A Gullane+ acaba de revelar o trailer do suspense MEU CASULO DE DRYWALL, novo filme autoral da diretora e roteirista Caroline Fioratti. Depois de fazer sua estreia mundial no festival americano South by Southwest (SXSW) e passar pela 47a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, o longa chega aos cinemas em 12 de setembro.
Uma produção da Aurora Filmes, em coprodução com a Haikai Filmes, o filme mescla tensão, sensualidade e reflexão social, conforme acompanha 24 horas na vida de moradores de um condomínio de alto padrão. A trama começa em uma grande festa na cobertura para comemorar os 17 anos de Virgínia, mas conforme as relações vão se desenrolando, o perigo de uma tragédia se torna iminente. Mãe, pai, amigos, namorado, todos são implicados nessa trama. MEU CASULO DE DRYWALL traz no elenco Maria Luísa Mendonça, Bella Piero, Michel Joelsas, Mari Oliveira, Daniel Botelho e Caco Ciocler numa participação especial.
Assista ao trailer a seguir:
No longa, Fioratti investiga como a vida murada dos condomínios, um fenômeno cada vez mais comum nas cidades brasileiras, tem afetado as dinâmicas afetivas. “Será que estamos protegidos ou criando prisões? Estamos o tempo todo vigiando e sendo vigiados. Criando mundos aparentemente perfeitos, instagramáveis, mesmo que com filtros de felicidade e palmeiras plantadas no concreto. Minha ideia aqui é falar sobre o adoecimento contemporâneo”, disse, em entrevista.
Com isso, a intenção da cineasta com MEU CASULO DE DRYWALL não é uma simples crítica, mas sim encontrar um caminho para a compreensão. “O filme é um grito silencioso, principalmente da juventude, que quer romper as paredes do próprio casulo e ganhar asas para voar além dos muros, [mas] que nem sempre sabe verbalizar esse desejo.
Fioratti trabalhou no filme por 10 anos, desde a primeira versão até a estreia no SXSW. O primeiro argumento nasceu de sua vontade de discutir dores da sua própria adolescência. Mas, como as gerações mudam muito rapidamente, a cineasta sempre se manteve atenta às transformações para que o filme continuasse atual, e sua experiência em fazer obras para o público jovem a ajudaram nesse processo.
“Apesar de cada pessoa ter seu caminho individual de metamorfose, a dor pode ser compartilhada, e o processo de escuta, empatia e consciência é uma forma de fortalecimento”, explicou. “Eu me fortaleço realizando esse filme para quem sabe outros também possam se fortalecer ao assistirem”, conclui.
MEU CASULO DE DRYWALL será lançado no Brasil pela distribuidora Gullane+
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