La Hacienda – El Regresso de Los Malditos (por Casal Doug Kelly)

            La Hacienda – El Regresso de Los Malditos (2024), longa-metragem argentino de terror, com classificação indicativa 18 anos e 69 minutos de duração.

            Depois de “Los Turísticos – Una Temporada em El Infierno” (2023), o diretor argentino Gaby Smiths, exibe na 10ª edição da Mostra Audiovisual Independente Cine Caos, seu segundo filme, “La Hacienda – El Regresso De Los Malditos” (2024), que integra sua trilogia a ser concluída em 2025 com “El Director”. O que une os três filmes é a jornada de um grupo de amigos que, após uma viagem, se depara com acontecimentos inesperados e brutais.

            O longa-metragem conta com um elenco formado por Facundo Vrdoljak, Mariángeles Gagliano, Juani Rodríguez, Sofía Soler, Juan Manuel Soto, Nicolás Morales, Clara Belén Sánchez, Fernando Enrique, Georgia Viero e Christian Vit, entre outros.

            A trama, escrita por Mechi Pérez, acompanha um grupo de amigos que retorna a Villa Feliz, a cidade onde cresceram, para um fim de semana de descanso. No entanto, o que deveria ser uma viagem de lazer rapidamente se torna um pesadelo, quando uma lembrança sombria é desenterrada e volta com força total.

            Antes de tudo, é essencial destacar a cinematografia, que evidencia a vasta experiência do diretor em videoclipes. Ele explora de maneira primorosa a beleza da paisagem rural na primeira metade do filme, capturando sua grandiosidade sob a luz do dia. Já nas cenas noturnas, a escuridão extrema serve como um recurso visual, disfarçando os truques de maquiagem utilizados para criar as sequências de violência.

            Os elogios acabam aqui, pois o filme sofre com atuações fracas de quase todo o elenco. A interpretação torna os acontecimentos inverossímeis, e os personagens, apesar de traçados com contornos exagerados, não chegam a se tornar estereótipos cativantes. Como resultado, seus destinos geram completo desinteresse no público.

            Em resumo, “La Hacienda – El Regresso De Los Malditos” representa um esforço mal-sucedido do cinema independente de gênero na Argentina. Sua abordagem ao terror rural contrasta fortemente com a excelência de “O Mal Que Nos Habita” (2023), de Demian Rugna. Embora a fotografia seja um dos pontos positivos da produção, seu impacto é reduzido pela falta de credibilidade nas atuações, tornando difícil para o espectador se envolver com a narrativa ao longo de sua curta duração.

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