Mostra “Bernardet e o Cinema” apresenta 20 filmes e um debate com a participação do artista, que completou 88 anos no dia 2 de agosto
Crítico, roteirista, diretor, montador, ator, professor, escritor, pensador e um dos maiores nomes da história do cinema brasileiro, Jean-Claude Bernardet completou 88 anos em 2 de agosto de 2024 e recebe uma ampla homenagem à sua rica e longeva carreira. É a mostra “Bernardet e o cinema”, que chega ao Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB SP), em 24 de agosto, apresentando 20 filmes roteirizados,dirigidos ou com atuação do cineasta. Gratuita, poderá ser vista até 22 de setembro de 2024, com exibições de quinta a domingo. A mostra acontece, ao mesmo tempo, no CCBB DF (16/08 a 05/09) e no CCBB RJ (28/08 a 22/09). O patrocínio é do Banco do Brasil.
A programação inclui importantes produções do cinema nacional e explora a vasta trajetória artística de Bernardet, desde a década de 1960 até 2024. Entre os destaques, estão filmes como “São Paulo: Sinfonia e Cacofonia”, dirigido por Bernardet, que completa 30 anos neste ano, o clássico de 1967 “O Caso dos Irmãos Naves”, dirigido por Luiz Sergio Person e escrito por Person e Bernardet, sobre dois irmãos que são torturados por um crime que não cometeram; o curta-metragem documental “Brasília: contradições de uma cidade nova”, também de 1967, com direção de Joaquim Pedro de Andrade e roteiro de Bernardet, que questiona o papel da cidade planejada; “Fome” (2015), longa de Cristiano Burlan sobre um velho homem que perambula pela cidade de São Paulo, estrelado por Bernardet; e “A Destruição de Bernardet” (2016),filme de Claudia Priscilla e Pedro Marques que transita entre ficção e documentário e aborda uma série de questões relacionadas à vida de Bernardet, como as críticas sofridas por suas atuações como ator e as perspectivas de vida como um portador do vírus HIV.
“Dedicar uma mostra de filmes a Jean-Claude Bernardet, pessoa importantíssima para o cinema brasileiro, é crucial. É importante fazer esse reconhecimento, celebrar sua vida, inteligência e produtividade. Aos 88 anos continua ativo, atuando, escrevendo, refletindo, e isso é lindo! E é também uma excelente oportunidade para as novas gerações terem contato com suas obras. Como já foi dito num filme, ‘Jean-Claude Bernardet é incontornável”, comenta a curadora da mostra Andréa Cals.
Além dos filmes, a programação de “Bernardet e o cinema” contará com um debate, com a presença de Jean-Claude Bernardet e do cineasta e crítico de cinema Francis Vogner dos Reis, que irão conversar sobre a carreira e principais obras do cineasta. O bate-papo será dia 31 de agosto, sábado, às 18h10, e terá tradução para Libras. Ainda na programação, será exibida uma entrevista, gravada em 2015, entre Bernardet e Andréa Cals; e realizada uma sessão com recursos de acessibilidade (audiodescrição e legenda descritiva) de “FilmeFobia” (2009), de Kiko Goifman, no dia 6 de setembro, às 18h.
Sobre Jean-Claude Bernardet
Jean-Claude Bernardet é nome fundamental do cinema brasileiro. Nascido na Bélgica, de família francesa, viveu em Paris até 1948. Aos 13 anos, em 1949, chega ao Brasil e fixa-se em São Paulo, onde passa a frequentar a Cinemateca Brasileira e onde conhece o crítico e professor Paulo Emílio Salles Gomes. Na década de 1950, começa a escrever para o “Suplemento Literário” do jornal O Estado de Paulo. Colabora também em outros jornais e revistas.
Em 1965, já naturalizado brasileiro, começa a lecionar no curso de Cinema da Universidade de Brasília, a convite de Paulo Emílio Salles Gomes, onde permanece até 1968, ano em que 80% dos professores da universidade deixam o quadro docente em resposta à repressão da ditadura militar. Transfere-se para a Universidade de São Paulo (USP) e é cassado pelo AI-5 (Ato Institucional nº 5), de dezembro de 1968, sendo proibido de lecionar em universidades públicas. Até 1979, dá cursos de cinema no Instituto Goethe. Jean-Claude retorna ao quadro da Escola de Comunicações e Artes da USP em 1980, onde permanece até se aposentar, em 2004, como professor emérito.
É autor de uma vasta obra, com 25 livros publicados, muitos deles referenciais para o estudo, a pesquisa e a reflexão sobre cinema, além de ficções. São dele títulos como Brasil em tempo de cinema (1967), Trajetória crítica (1978), O que é cinema (1980), Piranha no mar de rosas (1982), Cineastas e imagens do povo (1985 e 2004), Aquele rapaz (ficção e memória, 1990), Voo dos anjos: estudo sobre o processo de criação na obra de Bressane e Sganzerla (1990), O autor no cinema (1994), Historiografia clássica do cinema brasileiro (1995), A doença, uma experiência (ficção, 1996) e Caminhos de Kiarostami (2004). Divide a autoria de obras com nomes como José Carlos Avellar, Miguel Borges, Maria Rita Galvão e Ismail Xavier, entre outros. Lançou ainda Guerra camponesa do Contestado (1979), uma obra de análise política e histórica.
Em cinema, atuou como roteirista e corroteirista de aproximadamente uma dezena de filmes, com destaque para títulos como “O caso dos irmãos Naves” (1967), de Luiz Sergio Person;“Um céu de estrelas” (1996) e “Através da janela” (2000), de Tata Amaral; além de dirigir vários documentários. Bernardet também dedica-se à carreira de ator, tendo participado de mais de dez filmes, entre eles “Disseram que voltei americanizada” (1995), de Vitor Angelo, e “Disaster Movie” (1979),de Wilson de Barros.
Sobre o CCBB São Paulo
O Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo iniciou suas atividades há mais de 20 anos e foi criado com o objetivo de formar novas plateias, democratizar o acesso e contribuir para a promoção, divulgação e incentivo da cultura. A instalação e manutenção de nosso espaço em um prédio, em pleno centro da capital paulista, reflete também a preocupação com a revitalização da área, que abriga um inestimável patrimônio histórico e arquitetônico, fundamental para a preservação da memória da cidade. Temos como premissa ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura, em suas diferentes formas. Essa conexão se estabelece mais genuinamente quando há desejo de conhecer, compreender, pertencer, interagir e compartilhar. Temos consciência de que o apoio à cultura contribui para consolidar sua relevância para a sociedade e seu poder de transformação das pessoas. Acreditamos que a arte dialoga com a sustentabilidade, uma vez que toca o indivíduo e impacta o coletivo, olha para o passado e faz pensar o futuro. Com uma programação regular e acessível a todos os públicos, que contempla as mais diversas manifestações artísticas e um prédio, que por si só já é uma viagem na história e arquitetura, o CCBB SP é uma referência cultural para os paulistanos e turistas da maior cidade do Brasil.
Programação – CCBB SP:
– 24/08 – SÁBADO
16H15 – Abertura – Com apresentação da mostra pela curadora
16H30
Disaster Movie (32’, 1979, cor) | 14 anos
Direção: Wilson de Barros
Elenco: Jean-Claude Bernardet, Adonirio Oliveira, Bruno Andre, Carlos Adão Volpato, David Pennington, Caleidoscópio do cotidiano através de uma série de estereótipos urbanos que aguardam algo de inusitado que está para acontecer às 6 horas da tarde.
Eterna Esperança: sem pressa e sem pausa, como as estelas (30’, 1971, cor) | Livre
Direção e Roteiro: João Batista de Andrade e Jean-Claude Bernardet
Elenco: Antônio Fagundes, Gianfrancesco Guarnieri, Fernando Pacheco Jordão, Antonio Pedro. Segundo de três filmes da série Panorama do Cinema Paulista. Abrange o período de 1934 a 1939, quando tentou-se construir em São Paulo um estúdio de cinema denominado Cia Americana de Cinema. Imagens do antigo estúdio, da inauguração do estádio do Pacaembu pelo presidente Getúlio Vargas e de alguns documentários jornalísticos realizados pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP).
18H
O Caso dos Irmãos Naves (92’, 1967, p/b) |14 anos
Direção: Luiz Sergio Person
Roteiro: Luiz Sergio Person e Jean-Claude Bernardet
Elenco: Raul Cortez, de Oliveira e Anselmo Duarte
A reconstituição de um caso real, ocorrido no Estado Novo em 1937, na cidade de Araguari (MG). Tudo começa quando um homem foge, levando todo o dinheiro de uma safra de arroz. Os irmãos Joaquim (Raul Cortez) e Sebastião Naves (Juca de Oliveira), sócios do fugitivo, denunciam o caso à polícia. De acusadores eles passam a réus, sob a acusação de terem matado o desaparecido, por obra e graça do tenente de polícia (Anselmo Duarte) que dirige a investigação. Presos e torturados, os Naves são obrigados a confessarem o crime que não cometeram.
-25/08 – DOMINGO
15H30
Antes do fim (86’, 2017), p/b) | 14 anos
Direção: Cristiano Burlan
Roteiro: Ana Carolina Marinho, Cristiano Burlan
Elenco: Jean-Claude Bernardet, Helena Ignêz, Ana Carolina Marinho, Henrique Zanoni
Jean sente-se preso na lógica de longevidade e decide planejar sua morte conscientemente. Para isso, ele convida Helena para um suicídio a dois, e mesmo hesitante, ela o ajuda em seus planos. Juntos eles preparam todos os detalhes para o funeral, mas enquanto seguem em direção à morte se dão conta de que antes do fim ainda há uma vida inteira.
A navalha do avô (23’, 2013, cor) | Livre
Direção: Pedro Jorge
Elenco: Jean-Claude Bernardet, Carlos Baldim, Eliana Bolanho, Ester Laccava, Fernão Lacerda, Pedro Goifman
A vida de José está mudando. Seu neto Bruno começa a perceber.
– 29/08 – QUINTA-FEIRA
18H
Fome (90’, 2015, p/b) | 12 anos
Direção: Cristiano Burlan
Roteiro: Cristiano Burlan e Henrique Zanoni
Elenco: Jean-Claude Bernardet, Ana Carolina Marinho, Henrique Zanoni
Nas veredas da metrópole paulistana, um velho homem abandona o passado e deambula na invisibilidade. Carrega consigo apenas um carrinho, alguns trapos e a velhice. Depois que se viu a morte é possível morrer de amor por alguém?
Entrevista de Jean-Claude Bernardet para Andréa Cals (2015, 10min, cor) | Livre
Entrevista concedida para Andréa Cals, jornalista do Canal Curta!, sobre o filme “Fome”, de Cristiano Burlan, que estreou no 48º Festival de Cinema Brasileiro de Brasília.
– 30/08 – SEXTA-FEIRA
18H
A Destruição de Bernardet (72’, 2016, cor) | 14 anos
Direção: Claudia Priscilla e Pedro Marques Roteiro: Claudia Priscilla e Kiko Goifman
Elenco: Jean-Claude Bernardet, Cristiano Burlan , Kiko Goifman , Tata Amaral e Vânia Debs
O filme transita entre a ficção e o documentário e trata do maior crítico de cinema vivo do Brasil, Jean-Claude Bernardet. Aos oitenta anos, ele critica a indústria farmacêutica, fala sobre ter começado a atuar aos setenta e conversa sobre a morte e o suicídio.
Cama Vazia (6’, 2023, cor) | Livre
Direção: Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet
Elenco: Jean-Claude Bernardet
A máquina de morte precisa manter sua longevidade para expandir e lucrar.
– 31/08 – SÁBADO
14H45
#eagoraoque (70’, 2020, cor) | Livre
Direção e Roteiro: Jean-Claude Bernardet, Rubens Rewald
Elenco: Jean-Claude Bernardet, Palomaris Mathias, Thais Ferrara, Valentina Ghiorzi e Vladimir Safatle
Como agir hoje politicamente? É possível mudar as coisas, as pessoas, a sociedade? E agora, o que fazer? Um intelectual e suas contradições.
Brasília: contradições de uma cidade nova (24’, 1967, cor) | Livre
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Roteiro: Jean-Claude Bernardet
O filme reúne imagens de Brasília seis anos após sua inauguração e entrevistas com habitantes de diferentes extratos sociais. Uma pergunta estrutura o documentário: uma cidade inteiramente planejada, criada em nome do desenvolvimento nacional e da democratização da sociedade, poderia reproduzir as desigualdades e a opressão existentes em outras regiões do país?
16H50
São Paulo Sinfonia e Cacofonia (40’, 1994, p/b) | Livre
Direção e Roteiro: Jean-Claude Bernardet
Filme-montagem composto de fragmentos de mais de 100 filmes paulistas de diversas épocas.
Sobre Anos 60 (30’, 1999, p/b) | Livre
Direção e Roteiro: Jean-Claude Bernardet
Uma reflexão sobre os anos 60 no Brasil a partir de sua memória audiovisual. Com trechos de textos e opiniões de Lygia Clark, Augusto Boal e Torquato Neto, entre outros, cenas de filmes e manchetes de jornais, o documentário permite que a década de 1960 fale por ela mesma.
18H10
Debate com Jean-Claude Bernardet e o crítico de cinema, curador e cineasta Francis Vogner dos Reis – com intérprete de Libras.
– 01/09 – DOMINGO
15H30
Copo Vazio (74’, 2019, cor) | 16 anos
Direção e Roteiro: Dellani Lima
Elenco: Jean-Claude Bernardet, Biagio Pecorelli, Sergio Silva
Em pleno centro da cidade, enquanto Alain procura preencher o vazio que está sentindo, Miguel vai em busca de um lugar para ficar.
Disseram que voltei americanizada (14’, 1995, cor) | 12 anos
Direção e Roteiro: Vitor Angelo
Elenco: Jean-Claude Bernardet, Maria Alice Vergueiro, Maria Della Costa
Da merda viestes, à merda retornarás. O Brasil tem um gosto pela servidão. (Arthur Autran)
– 05/09 – QUINTA-FEIRA
18H
São Paulo Sinfonia e Cacofonia (40’, 1994, p/b) | Livre
Direção e Roteiro: Jean-Claude Bernardet
Filme-montagem composto de fragmentos de mais de 100 filmes paulistas de diversas épocas.
Sobre Anos 60 (30’, 1999, p/b) | Livre
Direção e Roteiro: Jean-Claude Bernardet
Uma reflexão sobre os anos 60 no Brasil a partir de sua memória audiovisual. Com trechos de textos e opiniões de Lygia Clark, Augusto Boal e Torquato Neto, entre outros, cenas de filmes e manchetes de jornais, o documentário permite que a década de 1960 fale por ela mesma.
– 06/09 – SEXTA-FEIRA
18H
Filmefobia (84’, 2008, cor) | 16 anos | com audiodescrição e legenda descritiva
Direção: Kiko Goifman
Roteiro: Kiko Goifman e Hilton Lacerda
Elenco: Jean-Claude Bernardet, Cris Bierrenbach, Hilton Lacerda, Livio Tragtenberg, José Mojica Marins
Jean-Claude é o diretor de um documentário que explora os limites psicológicos das pessoas, colocando-as diante de suas fobias.
– 07/09 – SÁBADO
16H30
Crítica em Movimento (52’, 2004, cor) | Livre
Direção e Roteiro: Kiko Mollica
A personalidade inquieta e múltipla do crítico de cinema, escritor, professor da USP, roteirista e realizador Jean-Claude Bernardet, e sua atuação decisiva na sociedade brasileira, são tema desse documentário.
A Última Valsa (6’, 2024, p/b) | Livre
Direção: Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet
Elenco: Jean-Claude Bernardet
Um filme em preto e branco.
18H
Um Céu de Estrelas (70’, 1996, cor) | 16 anos
Direção: Tata Amaral
Roteiro: Tata Amaral, Jean-Claude Bernardet, Márcio Ferrari e Roberto Moreira
Elenco: Leona Cavalli e Paulo Vespúcio
Dalva, cabeleireira no bairro da Mooca, em São Paulo, vence um concurso e ganha uma passagem para Miami, e vê sua chance de mudar de vida e sair do cotidiano opressivo que leva ao lado do metalúrgico Vítor. Enquanto arruma as malas para viajar no dia seguinte, pensa em como contar a separação ao violento marido — então ele chega.
Agreste (15’, 2018, cor)
Direção: Dellani Lima
Elenco: Jean-Claude Bernardet, Caio Dias, Fernanda Brasileiro, Vitor Colares
O mar bravo inunda os corações.
– 08/09 – DOMINGO
16H
Fome (90’, 2015, p/b) | 12 anos
Direção: Cristiano Burlan
Roteiro: Cristiano Burlan e Henrique Zanoni
Elenco: Jean-Claude Bernardet, Ana Carolina Marinho, Henrique Zanoni
Nas veredas da metrópole paulistana, um velho homem abandona o passado e deambula na invisibilidade. Carrega consigo apenas um carrinho, alguns trapos e a velhice. Depois que se viu a morte é possível morrer de amor por alguém?
Entrevista de Jean-Claude Bernardet para Andréa Cals (2015, 10min, cor) | Livre
Entrevista concedida para Andréa Cals, jornalista do Canal Curta!, sobre o filme “Fome”, de Cristiano Burlan, que estreou no 48º Festival de Cinema Brasileiro de Brasília.
– 12/09 – QUINTA-FEIRA
17H45
Antes do fim (86’, 2017), p/b) | 14 anos
Direção: Cristiano Burlan
Roteiro: Ana Carolina Marinho, Cristiano Burlan
Elenco: Jean-Claude Bernardet, Helena Ignêz, Ana Carolina Marinho, Henrique Zanoni
Jean sente-se preso na lógica de longevidade e decide planejar sua morte conscientemente. Para isso, ele convida Helena para um suicídio a dois, e mesmo hesitante, ela o ajuda em seus planos. Juntos eles preparam todos os detalhes para o funeral, mas enquanto seguem em direção à morte se dão conta de que antes do fim ainda há uma vida inteira.
A navalha do avô (23’, 2013, cor) | Livre
Direção: Pedro Jorge
Elenco: Jean-Claude Bernardet, Carlos Baldim, Eliana Bolanho, Ester Laccava, Fernão Lacerda, Pedro Goifman,
A vida de José está mudando. Seu neto Bruno começa a perceber.
– 13/09 – SEXTA-FEIRA
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