(Use sua imaginação e o impossível se tornará possível… com uma ajudinha)
Harold e o Lápis Mágico (Harold and the Purple Crayon, 2024), longa-metragem estadunidense de aventura, animação e comédia familiar, distribuído pela Sony Pictures, estreia, oficialmente, nos cinemas brasileiros, no dia 22 de agosto de 2024, com classificação indicativa livre e 88 minutos de duração.
Baseando-se na obra literária de 1955 de Crockett Johnson, o filme apresenta-se como uma comédia para crianças, cuja trama se desenrola de maneira singela e criativa, capturando a atenção de seu público-alvo através do poder da imaginação.
Sob a direção do aclamado cineasta brasileiro Carlos Saldanha, conhecido por suas animações de sucesso como “Rio”, “O Touro Ferdinando” e “A Era do Gelo 2”, tem-se ainda um elenco estelar dando vida a personagens que remetem à pureza da infância, em um cenário onde a fantasia reina absoluta.
Estrelado por Zachary Levi, famoso por seu papel em “Shazam”, o enredo nos apresenta a um adulto ingênuo que passou sua existência inteira em um domínio de sua própria invenção – um lugar onde um lápis mágico de cor púrpura tem o poder de tornar qualquer ilustração uma realidade palpável. Contudo, ao aventurar-se no mundo exterior, ele se depara com uma série de desafios que o conduzem a uma jornada de autodescoberta e ao encontro com seu “criador”.
Destinado primordialmente ao público mais jovem e com uma classificação indicativa que o permite a todos os públicos, o filme desenrola-se de maneira previsível, seguindo o arquétipo do “herói” cômico que, junto a seus leais e atrapalhados companheiros (Alce e Porco Espinho), se vê em um território inexplorado. Nessa nova realidade, eles inadvertidamente conferem poderes a um antagonista em ascensão, determinado a conquistar o mundo, e ainda cruzam caminhos com uma criança prodígio cuja vida está em desordem.
Os personagens secundários, interpretados por Benjamin Bottani, Zooey Deschanel, Tanya Reynolds, Lil Rel Howery e Jemaine Clement, cumprem papéis de alívio cômico e antagonismo. Eles contribuem de maneira eficaz e direta para o crescimento do personagem principal.
Os pontos negativos do longa, ficam por conta do desenvolvimento insuficiente da narrativa, alternando o foco para subtramas menos relevantes, como a investigação policial realizada contra os protagonistas, e de seu desfecho que apresenta um confronto repleto de efeitos visuais de estilo medieval, se desenrolando de forma apressada.
Em Suma, “Harold e o Lápis Mágico” apesar de seus defeitos, leva em consideração a audiência a que se destina, cumprindo com o que promete, representando uma excelente escolha para os pequenos que buscam entretenimento em uma comédia suave e repleta de aventura, prestando um sincero tributo a Crockett Johnson, o autor dos livros que deram origem ao filme e que faleceu em 1975.
