Godzilla e Kong – O Novo Império (por Rodrigo Coli)

Rodrigo Coli

A continuação americana da saga destes monstros colossais vem desafiar os protagonistas-título com uma ameaça das profundezas em GODZILLA E KONG: O NOVO IMPÉRIO.

Assim como o de costume, quando um longa é voltado à um personagem dependente de computação gráfica, o roteiro inclui um núcleo de humanos para intercalar a trama e não extrapolar no orçamento da produção.

Quando o foco é nos kaijus, consegue desenvolver bem a história sem precisar verbalizar, favorecendo-os, dando mais peso ao enredo, deixando-o mais interessante com aparições bem dosadas durante o filme.

Ambos os titãs estão mais velhos, algo notável em suas aparências. Lidando com suas existências normalizadas, defendem o planeta Terra com boas cenas de ação.

Com um vilão esquecível que só serve para fazer uma cena de batalha bonita e nada memorável, Kong conquista pelo carisma e é o melhor elaborado, flertando com um autoexistencialismo e com a maturidade perante outros da mesma espécie.

Já no núcleo humano, desenrola uma história que ninguém se importa, com justificativas rasas, complicando o conto desnecessariamente, trazendo coadjuvantes sem profundidade com acontecimentos sem grandes consequências.

Mesmo que seja simples, sem enrolação e focado nos combates, é um capítulo pobre em modo geral, mas que conversa com seu eu criança que na época só queria ver cenas interessantes e visualmente divertidas como se tivesse brincando com bonecos.

A Legendary Pictures aposta no estilo para agradar seu público, oferecendo um bom entretenimento descompromissado com criaturas barulhentas para salvar o mundo em cenários vibrantes e diálogos bem-humorados.

Título original: Godzilla x Kong: The New Empire (2024)
Longa-metragem Estaduniense
Classificação Indicativa: 12 anos
Duração: 1h55min
Gênero: Ação e Ficção Científica
Direção: Adam Wingard
Roteiro: Terry Rossio, Simon Barrett
Elenco Principal: Rebecca Hall, Brian Tyree Henry, Dan Stevens

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