Corpo Presente (por Peter P. Douglas)

            Corpo Presente (2023), longa-metragem documental nacional, distribuído pela Embaúba Filmes, estreia, oficialmente, nos cinemas brasileiros, a partir do dia 28 de novembro de 2024, com classificação indicativa 18 anos e 79 minutos de duração, dirigido por Leonardo Barcelos.

            A produção se destaca por explorar as múltiplas formas de interpretar o corpo humano, indo além da matéria física (carne) para abordar identidade, cultura e sociedade. Barcelos propõe uma reflexão ampla, analisando o corpo como uma expressão individual, artística e política.

            O documentário investiga diversas possibilidades de expressão e significação do corpo contemporâneo, com um foco especial na performance como uma das principais manifestações artísticas do nosso tempo.

            A narrativa é conduzida por uma protagonista fictícia (Ludmilla Ramalho), cuja jornada autobiográfica serve como fio condutor para explorar questões universais sobre a existência física e simbólica no mundo.

            A trama se desenrola através de depoimentos de figuras conhecidas, como o ativista Ailton Krenak e a parlamentar Erika Hilton, além de artistas e teóricos que oferecem suas perspectivas sobre o corpo humano. O filme combina essas reflexões com performances artísticas, criando uma experiência estética que ultrapassa o simples visual.

            Ao assistir o presente documentário, fiquei com a impressão de que ele foi realizado para um tipo de público específico. Se o objetivo era se comunicar com um público mais substancial, o filme não atinge essa meta, pois trata-se de uma obra de nicho. O filme é visualmente bonito e interessante, mas será mais valorizado por apreciadores de filme-arte do que por cinéfilos.

            Em resumo, “Corpo Presente” é um documentário que oferece uma exploração profunda e multifacetada do corpo humano, abordando temas de identidade, cultura e sociedade através de uma lente artística e política. Não foi produzido para todo tipo de público, então somente embarque nessa reflexão corporal se for apreciador de filmes de arte.

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