Borderlands – O Destino do Universo Está em Jogo (por Peter P. Douglas)

(Seja bem-vindo a Pandora, outrora o centro da galáxia euridiana)

            Borderlands – O Destino do Universo Está em Jogo (Borderlands, 2024), longa-metragem estadunidense de ação e ficção científica, distribuído pela Paris Filmes, estreia, oficialmente, nos cinemas brasileiros, no dia 08 de agosto de 2024, com classificação indicativa 14 anos e 100 minutos de duração.

            A hesitação é uma reação comum quando se trata de adaptações de videogames para as telas, pois muitas vezes essas produções não conseguem capturar a essência que encantou legiões de fãs. Agora, a Lionsgate traz as telonas sua mais recente aposta: a adaptação live-action de “Borderlands”, inspirada na renomada série de jogos da 2K.

            Dirigido por Eli Roth (Cabana do Inferno, 2002 e O Albergue, 2005)”, que co-escreveu o roteiro com Joe Crombie, o filme nos transporta para o planeta Pandora, um mundo assolado por bestas selvagens e caçadores de recompensas implacáveis. Neste cenário desolado, existe uma relíquia chamada Arca, que diz a profecia seria capaz de trazer paz e ordem. A resposta para desvendar seus segredos está ligada a três chaves, uma das quais está nas mãos de Tina (interpretada por Ariana Greenblatt).

            Contudo, a trama se complica quando Tina é sequestrada por Roland (interpretado por Kevin Hart), levando Atlas (Edgar Ramírez), seu pai e magnata poderoso, a recrutar a mercenária Lilith (Cate Blanchett) para resgatá-la. Ao chegar em Pandora, Lilith descobre que a realidade é muito diferente do que esperava e forma uma aliança inesperada com Roland, Tina, o psicopata Krieg (Florian Munteanu), a cientista excêntrica Tannis (Jamie Lee Curtis) e o robô sarcástico Claptrap (Jack Black). Juntos, eles embarcam em uma missão para encontrar a arca e evitar que Atlas e seus aliados utilizem seu poder para perpetuar um reinado de caos e desolação.

            O longa tenta se manter fiel ao material original, com referências visuais e estéticas que são um deleite para os fãs da série de jogos. No entanto, apesar dos esforços para capturar a essência de Borderlands, o roteiro sofre com diálogos fracos e soluções narrativas previsíveis.

            A performance dos atores é sólida, mas a falta de profundidade em seus personagens deixa a desejar. O robô Claptrap, dublado por Jack Black, embora destinado a ser o alívio cômico, acaba por se tornar um elemento irritante na história. A edição do filme também apresenta falhas, com cortes abruptos que comprometem a continuidade da narrativa.

            Em suma, “Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo” é uma tentativa ambiciosa de trazer um universo de jogo amado para a tela grande, mas que acaba se perdendo em sua execução, resultando em uma experiência que pode não satisfazer nem os fãs mais ardorosos nem o público casual.

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