Bandida – A Número 1

A partir do dia 20 de Junho de 2024 nos melhores cinemas

Bandida: a Número Um, terceiro longa-metragem do diretor João Wainer (“A Jaula” e “Junho – O Mês que Abalou o Brasil”), conta a história real da primeira mulher que chefiou o tráfico de drogas da Rocinha, uma das maiores favelas do Brasil. A ficção, baseada no livro “A Número Um” (Casa da Palavra), de Raquel de Oliveira, foi rodada em outubro de 2022 no Pavão-Pavãozinho, comunidade na zona sul do Rio de Janeiro. A produção é da Paris Entretenimento em coprodução com TX FilmesFilm2BClaro e Telecine e apoio da Rio Filme, órgão que integra a Secretaria de Cultura da Prefeitura do Rio. Com distribuição da Paris Filmes, “Bandida: a Número Um” estreia nos cinemas dia 20 de junho.

A atriz e cantora Maria Bomani dá vida a protagonista do longa-metragem, que oferece um mergulho no cotidiano da comunidade nos anos 1980, quando o morro ainda era dominado pelo Jogo do Bicho. Narrado em primeira pessoa, o filme acompanha a trajetória de Rebeca, que aos nove anos é vendida pela própria avó para um bicheiro que mandava na comunidade. Ela acompanha de perto a mudança de poder – tomado pelo tráfico, – e se torna mulher do chefe do crime, Pará (Jean Amorim), seu grande amor. Depois da morte do companheiro, ela assume a liderança, em uma rotina de crimes e violência. 

A trama se inicia nos anos 1980, época em que os bicheiros eram os reis das comunidades.  Além do jogo, eles organizavam quermesses para os moradores e eram os responsáveis pela venda de maconha nas bocas de fumo. Com a chegada do tráfico de cocaína, o cenário muda drasticamente: surgem os bailes funks, armamentos de alto calibre passam a ser vistos com mais frequência e a cocaína se populariza. 

Rebeca, criada dentro do Jogo do Bicho, vê seus amigos de infância entrarem para o tráfico após a chegada de Del Rey (Otto) na Rocinha. Carcará (João Vitor Nascimento), Boca Mole (Sant), Cara Murcha (Jorge Hissa), Menor B (JP Rufino) e Pará vêem nas drogas a chance de conquistar um futuro melhor e entram para o bando do traficante, passando a viver em meio a festas, drogas e violência. 

A direção de arte, a fotografia e a música foram utilizadas para mostrar a transição do período dos bicheiros para a era dos traficantes de drogas. A estética construída em cima de tons terrosos, batuques e músicas populares dá vez às batidas do funk e imagens mais escuras, dinâmicas e tensas. 

Sempre tive vontade de fazer um papel forte como esse, queria contar uma história, mostrar como é a vida numa favela como a RocinhaO papel político da arte é fazer pensar. Acredito que vou levar para a personagem a minha vivência, sem repetir padrões”, diz Maria, que foi criada na comunidade da Cidade Alta, em Cordovil, na Zona Norte do Rio de Janeiro. 

Busquei um elenco com pessoas que tinham a oferecer mais do que simplesmente a capacidade de atuação, mas também com a energia dos personagens. Maria tem a energia contestadora da Rebeca. Ela é uma potência. Uma grande atriz, extremamente focada e com um grau de concentração absurdo. Eu brincava dizendo que ela é o tipo de jogadora que não amarela em jogo grande, brilha mais quando chega na final do campeonato”, elogia o diretor João Wainer. “Quanto mais difícil a cena, mais concentrada ela ficava e acertava quase sempre de primeira. Foi um prazer e uma honra dirigi-la nesse filme em que ela faz sua primeira protagonista. As pessoas vão levar um susto com a força dessa personagem”. 

O elenco de “Bandida: a Número um da Rocinha” conta também com Milhem Cortaz, interpretando Seu Amoroso, bicheiro da comunidade, Wilson Rabelo, MC Marechal, JP Rufino, Natália Lage, Natália Deodato, Thaís Gullin, entre outros. A jovem Michely Gabriely, influenciadora digital do perfil @filhasiincera, que tem mais de 3 milhões de seguidores no Tik Tok, faz sua estreia nos cinemas vivendo Rebeca quando criança. O longa conta com a participação especial do cantor pernambucano Otto, no papel do traficante Del Rey da Rocinha. Os coreógrafos da comissão de frente da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio participaram do longa e foram responsáveis pela coreografia da cena em que a jovem Rebeca, em busca de ajuda, encontra um terreiro de Candomblé. O roteiro é assinado por Patricia Andrade, Cesar Gananian, João Wainer e Thais Nunes.

Sinopse:

Aos nove anos, Rebeca é vendida por sua avó para o bicheiro que comandava a Rocinha. Disputada por bicheiros e traficantes, a comunidade passa por mudanças de poder. Rebeca vira mulher do traficante chefe e, com a morte do parceiro, sua sucessora. A eletrizante trajetória de crime, violência, drogas e amor de uma mulher chefe do tráfico na Rocinha, no Rio de Janeiro dos anos 1980. 

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