A Vingança de Cinderela (por Jeff Rocha)

Jeff Rocha

“A Vingança de Cinderela” chega aos cinemas no dia 5 de setembro, dirigido por Andy Edwards e com roteiro de Tom Jolliffe. Ao contrário do que muitos esperam, o filme não é uma continuação de “A Maldição da Cinderela”. Trata-se de outra história, com outra Cinderela, em um filme completamente diferente. Uma pena, pois poderia ser uma sequência que explicasse o que “A Maldição” deixou em aberto.

Após anos sendo maltratada pela madrasta e por suas filhas, Josephine e Rachel, Cinderela, desta vez interpretada por Lauren Staerck, decide se vingar com a ajuda da Fada Madrinha — vivida pela eterna Sil de “A Experiência”, de 1995, Natasha Henstridge — para finalmente conquistar o seu “felizes para sempre”.

No mesmo estilo trash de “A Maldição da Cinderela”, mas com menos gore, “A Vingança de Cinderela” é tão ruim quanto seu predecessor.

Com cenas de violência extrema de baixo orçamento, o filme cumpre o que promete, mas repete os mesmos erros de “A Maldição”, com efeitos e cenas duvidosos e erros absurdos de continuidade. Há até algumas tentativas de jumpscares, mas que não conseguem causar impacto algum no espectador.

O elenco e as atuações são péssimos. A única exceção, ainda que surpreendente, é Natasha Henstridge, que interpreta a Fada Madrinha, tentando trazer um alívio cômico com piadas sobre o mundo atual, incluindo uma sobre o dono do extinto X. Curiosamente, ela se assemelha mais à Fada Azul do Pinóquio do que à Fada Madrinha de Cinderela.

As locações lembram bastante os cenários dos contos de fadas, mas a produção deixa a desejar: os figurinos parecem fantasias baratas de Halloween, e em uma das cenas um ator aparece com o corpo todo tatuado, algo incoerente para a época em que o filme se passa. A madrasta, por sua vez, não aparenta ter a idade que deveria, já que tem duas filhas da idade de Cinderela ou mais velhas.

Gostaria de comentar outros pontos, mas isso seria impossível sem dar spoilers.

No final das contas, o filme parece mais uma sátira mal elaborada, e não se pode culpar o baixo orçamento, pois os maiores problemas são a direção e o roteiro.

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