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A Favorita do Rei (Jeanne Du Barry, 2023), longa-metragem francês de drama histórico biográfico, distribuído pela Mares Filmes e Alpha Filmes, estreia, oficialmente, nos cinemas brasileiros, a partir do dia 28 de novembro de 2024, com classificação indicativa 14 anos e 117 minutos de duração, dirigido, coescrito e produzido por Maïwenn. Teddy Lussi-Modeste e Nicolas Livecchi também ficaram a cargo do roteiro.
A trama segue Jeanne Vaubernier (Maïwenn), uma jovem de classe trabalhadora que usa sua inteligência e charme para subir na escala social. Nascida como filha ilegítima de um monge católico e uma cozinheira, é enviada a um convento ainda criança, de onde é expulsa por ler livros eróticos. Ao se mudar para Paris, ela se torna leitora de uma viúva, Madame de la Garde (Caroline Chaniolleau), e aprimora sua sagacidade ao nível dos aristocratas. No entanto, é expulsa novamente por se envolver com os filhos da viúva.
Jeanne então se destaca como cortesã, encantando amantes ricos e poderosos. Após se instalar na casa do conde Du Barry (Melvil Poupad), sua ascensão como a última amante do rei Luís XV (Johnny Deep) tem início. O rei, encantado por Jeanne, recupera seu apetite pela vida e decide trazê-la para Versalhes, onde sua presença escandaliza a corte.
As filhas mesquinhas do rei (interpretadas por India Hair, Suzanne de Baecque e Capucine Valmary) sempre desaprovaram, mas toleraram outras amantes, porém ficaram horrorizadas com essa em particular pela combinação de baixa classe social com uma vida pregressa como cortesã. Os anos foram se passando, e o filme abordando o que acontecia dentro da corte e não a revolução que se formava do lado de fora dos muros, finalizando com uma sequência escrita que explica o que aconteceu com Jeanne após o falecimento do rei.
Com uma abordagem superficial dessa figura notoriamente controversa, esperar muita precisão histórica seria tolice, porém entretenimento e detalhes exuberantes da época, o filme sabe fornecer.
O longa é inegavelmente agradável de se ver. O diretor de fotografia Laurent Dailland faz uso de muito brilho, beleza dourada e pompa, bem como, Jürgen Doering merece muitos elogios por seus figurinos.
A atuação é, no geral, muito boa, e Maïwenn vem forte como Jeanne, enchendo a tela com alta energia. Johnny Depp que fez muito mais manchetes do que filmes nos últimos cinco anos, graças a uma série de escândalos conjugais, legais e profissionais que prejudicaram consideravelmente sua posição de primeira linha em Hollywood, tem em sua performance de “retorno” algo infinitamente menos selvagem e exagerado do que sua reputação nos tabloides, demonstrando que ainda tem muita lenha para queimar.
Em resumo, “A Favorita do Rei” é bem-feito e bem atuado, oferecendo um drama de época polido e bonito, embora seja uma aula de história imperfeita.