A Maldição de Cinderela (Cinderella´s Curse, 2023), longa-metragem de terror do Reino Unido, distribuído pela A2 Filmes, estreia, oficialmente, nos cinemas brasileiro, a partir de 20 de junho de 2024, com classificação etária 18 anos e 88 minutos de duração.
Uma interpretação audaciosa e sombria de um conto clássico que tem fascinado o público por gerações. Dirigido por Louisa Warren, o filme apresenta uma Cinderela que, após anos de abuso e humilhação, é empurrada para além de seus limites. Kelly Rian Sanson oferece uma atuação visceral no papel principal, capturando a essência de uma mulher que, desesperada por vingança, recebe um poder sinistro de sua Fada Madrinha, interpretada de forma arrepiante por Chrissie Wunna. A transformação de Cinderela serve como um símbolo poderoso de sua raiva e dor acumuladas.
A direção de fotografia ajuda muito em criar uma atmosfera opressiva que reflete o estado emocional da protagonista. A direção de arte também merece elogios, com cenários que evocam uma sensação de desolação e isolamento. A trilha sonora, embora sutil, efetivamente complementa a tensão crescente do enredo. O roteiro de Harry Boxley, co-escrito com Charles Perrault, é habilidoso em sua capacidade de reinventar uma história conhecida, mantendo-se fiel ao espírito do material original enquanto explora temas de empoderamento e justiça. Ainda que algumas situações fiquem sem resposta.
No entanto, o filme não está isento de falhas. Em alguns momentos, a narrativa parece apressada, com transições abruptas que podem deixar o público desorientado. Além disso, enquanto a performance de Sanson é inegavelmente forte, alguns dos personagens secundários, como a madrasta malvada interpretada por Danielle Scott e as meias-irmãs, interpretadas por Natasha Tosini e Lauren Budd, carecem de profundidade, o que pode ser atribuído a limitações no desenvolvimento do personagem no roteiro.
Apesar desses contratempos, o longa oferece uma nova perspectiva em uma história que muitos pensavam conhecer completamente. A decisão de situar a narrativa em um contexto mais sombrio não apenas o diferencia de outras adaptações, mas também proporciona uma experiência que é ao mesmo tempo familiar e desconcertante. A2 Filmes deve ser elogiada por assumir riscos com uma propriedade tão conhecida e entregar um filme que é tanto uma homenagem quanto uma reinvenção.
Em resumo, “A Maldição da Cinderela” desafia expectativas, pois é um lembrete de que até as histórias mais antigas podem encontrar nova vida nas mãos de contadores de histórias talentosos e criativos.
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