A Linha da Extinção (Elevation, 2024), longa-metragem estadunidense de ficção-científica, distribuído pela Paris Filmes, estreia, oficialmente, nos cinemas brasileiros, a partir do dia 21 de novembro de 2024, com classificação indicativa 14 anos e 90 minutos de duração, dirigido por George Nolfi.
Situado nas deslumbrantes Montanhas Rochosas no Colorado (em uma ambientação que muitas vezes parece uma propaganda para atrair turistas), o filme foca em Will (Anthony Mackie), que mora com seu filho de 8 anos, Hunter (Danny Boyd Jr.). Três anos antes, criaturas conhecidas como “ceifadores” surgiram do chão e rapidamente mataram 95% da população. Por razões desconhecidas, os ceifadores não incomodam os humanos que vivem a oito mil pés de altitude.
Embora Will e Hunter tenham conseguido viver confortavelmente, apesar das condições apocalípticas, sua paz está continuamente em risco devido às complicações de saúde de Hunter, que afetam sua respiração. Assim, caberá a Will ir abaixo da linha de segurança para obter os recursos adequados para ajudá-lo. Nessa jornada, será acompanhado por sua vizinha, Nina (Morena Baccarin), uma física que está trabalhando em uma maneira de matar os ceifadores, e Katie (Maddie Hasson), uma amiga da família do protagonista. Durante o percurso, tudo indica que nem todos os personagens chegarão aos créditos finais e que, muito provavelmente, uma revelação espera pelo público no terceiro ato.
Em seu quarto longa como diretor, Nolfi, adota uma abordagem direta. É uma compreensão arraigada do que faz filmes como este funcionarem: construção de mundo acelerado, cenas de ação dinâmicas e o suficiente de relevância temática para fundamentar personagens que de outra forma seriam mal escritos.
Diga-se de passagem, as performances estão acima da média, principalmente, se comparadas com as desempenhadas por outros atores em filmes de monstros. Quanto a aparência dos ceifadores, irá remeter muitos espectadores ao design combinado de criaturas vistas em outros filmes.
Um momento que vale a pena mencionar ocorre, quando Will, Nina e Katie lutam (ou, mais precisamente, fogem) dos ceifadores, e seu voo é capturado por longas e amplas tomadas de drones, enfatizando o quão pequenos os humanos são comparados aos ceifadores e à paisagem ao redor deles.
Em resumo, “A Linha da Extinção” é uma história de sobreviventes que lutam contra monstros à prova de balas que não ousam caçá-los acima de oito mil pés de altitude. E embora, o filme, nunca escape da sombra de suas influências ou se eleve acima dos clichês e armadilhas de seu gênero, é uma obra, com duração enxuta e muito bem executada que nunca chega a se rebaixar a ponto de ser insípido e irracional.
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