A Herança (2024), longa-metragem nacional de terror queer e melodrama, distribuído pela Sony Pictures, estreia, oficialmente, nos cinemas brasileiros, a partir do dia 21 de novembro de 2024, com classificação indicativa 16 anos e 80 minutos de duração, dirigido por João Cândido Zacharias.
A história começa quando Thomas (Diego Montez) recebe a notícia da morte de sua mãe. Ele retorna ao Brasil acompanhado de seu parceiro, Beni (Yohan Levy), e descobre que herdou uma casa de campo que pertencia a uma avó que ele nunca conheceu. Movido pela curiosidade de se reconectar com sua história familiar, Thomas decide visitar a casa.
Ao chegar, Thomas é recebido por duas tias idosas, Vitória (Analú Prestes) e Berta (Cristina Pereira), que o acolhem como um filho perdido há muito tempo. À medida que Thomas se encanta cada vez mais com o local, Beni começa a suspeitar que algo sinistro se esconde sob a superfície da pacata vida no campo. A atmosfera na casa se torna cada vez mais tensa, e segredos obscuros começam a emergir, revelando uma trama de mistério e terror.
O filme, apesar de possuir elementos técnicos de qualidade e utilizar abordagens clássicas do gênero terror, como casas mal-assombradas e bruxas, falha em inovar ou se destacar. É evidente sua falta de originalidade e inconsistência tonal, além de problemas na produção e no roteiro.
As atuações são prejudicadas pela narrativa confusa e pelos clichês excessivos. O filme não consegue se firmar como uma sátira ou uma obra séria, resultando em uma experiência insatisfatória.
Em resumo, “A Herança” apesar dos inúmeros acertos técnicos – figurino, design de produção, maquiagem, efeitos visuais, captação e mixagem de som – falha em seus demais aspectos, principalmente em seu roteiro, com lacunas de texto e subtexto, que acabam prejudicando toda a produção. O resultado final se revela abaixo de seu potencial.
