Dia dos Mortos (por Casal Doug Kelly)

            Dia dos Mortos (Day of the Dead, 1985), longa-metragem estadunidense de terror, com classificação indicativa 14 anos e 102 minutos de duração. Dirigido por George A. Romero, é o terceiro filme da icônica trilogia dos mortos-vivos, que inclui “A Noite dos Mortos-Vivos” (1968) e “Despertar dos Mortos” (1978). Este filme é uma obra-prima do terror que combina horror visceral com uma crítica social profunda.

            A trama se passa em um mundo pós-apocalíptico dominado por zumbis. Um pequeno grupo de cientistas e militares sobrevive em um bunker subterrâneo, tentando encontrar uma solução para a praga zumbi. A Dra. Sarah Bowman (Lori Cardille) lidera os esforços científicos, enquanto o Capitão Rhodes (Joseph Pilato) comanda os militares com mão de ferro.

            Os cientistas, liderados pelo excêntrico Dr. Logan (Richard Liberty), conhecido como “Frankenstein”, tentam domesticar os zumbis, acreditando que podem ser treinados para coexistir com os humanos. Um dos zumbis, Bub (Sherman Howard), mostra sinais de inteligência e memória, criando uma tensão crescente entre os cientistas e os militares.

            Conforme os recursos se esgotam e a tensão aumenta, o conflito entre os sobreviventes se intensifica, levando a uma série de eventos violentos e sangrentos. O filme culmina em um confronto brutal entre os humanos e os zumbis, destacando a fragilidade da civilização e a luta pela sobrevivência.

            Na época de seu lançamento, recebeu críticas mistas, principalmente pelo seu ritmo, as vezes lento, mas ao longo dos anos, ganhou reconhecimento como um clássico do gênero. A direção de Romero deve ser elogiada por sua habilidade em criar uma atmosfera claustrofóbica e tensa, enquanto a maquiagem e os efeitos especiais de Tom Savini devem ser destacados por sua qualidade e realismo.

            Com uma crítica social que aborda temas como a militarização, a desumanização e a luta pelo poder, Romero utiliza os zumbis como uma metáfora para a sociedade contemporânea, explorando a natureza humana em situações extremas. A atuação de Sherman Howard como Bub traz uma dimensão trágica e quase comovente ao personagem zumbi.

            Em resumo, “Dia dos Mortos” oferece mais do que apenas sustos e embora pareça arrastado em alguns momentos, é um marco no cinema de terror, uma obra que combina horror visceral com uma reflexão profunda.

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