Sala Escura (2024), longa-metragem nacional de terror, distribuído pela H2O Filmes, estreia, oficialmente, nos cinemas brasileiros, a partir do dia 14 de novembro de 2024, com classificação indicativa 18 anos e 98 minutos de duração, dirigido por Paulo Fontenelle.
Nove espectadores são convidados para uma pré-estreia exclusiva em uma grande sala de cinema. O que deveria ser uma noite de pura diversão se transforma em um pesadelo quando a sessão é interrompida por eventos inexplicáveis e aterrorizantes. Confinados na sala, os espectadores começam a desconfiar uns dos outros e a questionar sua própria sanidade.
A tentativa de se fazer um terror tradicional, mas ao mesmo tempo diferente, deve ser reconhecida como mérito, porém o filme possui muitos problemas. Apesar da originalidade da premissa, o longa recorre a alguns clichês dentro de seu gênero, como sustos baratos e revelações previsíveis.
Além disso, alguns personagens são mais aprofundados do que outros, o que pode deixar o espectador com algumas perguntas sem respostas. E por último, a resolução da trama pode ser interpretada de diferentes formas, o que pode gerar discussões entre o público, deixando a maioria insatisfeita.
Apesar de seus problemas, a metalinguagem proposta pelo filme se destaca. Os personagens assistem, de forma passiva, ao horror que se desenrola diante deles, sem buscar salvação ou ajuda lógica, como se fossem espectadores de um filme… e de fato são. O diretor constantemente lembra ao público que todos estamos participando de um experimento, tanto os personagens dentro do filme quanto nós, público.
Em resumo, “Sala Escura” apesar de tentar ousar positivamente em sua construção, utiliza alguns clichês, subdesenvolvimento de personagens e apresenta um final ambíguo que, com certeza, deixa a desejar. É válida aquela conferida apenas para fãs do terror, pois os demais irão se frustrar e abandoná-lo antes de seu término.
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