Mia (por Peter P. Douglas)

            Mia (2023), longa-metragem italiano dramático, com classificação indicativa 16 anos e 108 minutos de duração. Dirigido por Ivano De Matteo, aborda temas como manipulação, abuso psicológico e pornografia de vingança, retratando a luta de uma família para salvar sua filha adolescente de um relacionamento tóxico.

            A história gira em torno de Mia (interpretada por Greta Gasbarri), uma adolescente de 15 anos que vive com seus pais, Sergio (Edoardo Leo) e Valeria (Milena Mancini). Mia é uma garota doce e respeitosa, que leva uma vida normal, saindo com amigos e jogando vôlei. No entanto, sua vida muda drasticamente quando ela conhece Marco (Riccardo Mandolini), um jovem charmoso e misterioso, alguns anos mais velho.

            Marco rapidamente se torna possessivo e controlador, ligando para Mia inúmeras vezes ao dia, dizendo como ela deve se vestir e isolando-a de seus amigos. Sergio percebe que algo está errado, mas Valeria minimiza a situação, acreditando que Mia está apenas apaixonada. À medida que o relacionamento se torna mais tóxico, Mia se torna cada vez mais retraída e seus pais decidem intervir. Infelizmente, já é tarde demais, pois Marco gravou vídeos íntimos de Mia e ameaça divulgá-los para se vingar.

            O filme é uma obra poderosa e emocionalmente impactante, que aborda seus temas de maneira sensível e realista. A direção de Ivano De Matteo é habilidosa, capturando a essência das emoções dos personagens através do uso de câmera de mão.

            A atuação de Greta Gasbarri como Mia transmite a vulnerabilidade e o desespero da personagem de forma convincente. Edoardo Leo e Milena Mancini também entregam performances fortes como os pais preocupados, enquanto Riccardo Mandolini interpreta Marco de forma perturbadora.

            O longa destaca a importância da comunicação e da atenção aos sinais de alerta em relacionamentos abusivos, além de explorar as armadilhas da tecnologia moderna. Embora algumas partes possam parecer repetitivas ou excessivamente sentimentais, sua narrativa é coesa e envolvente.

            Em resumo, “Mia” apesar de algumas escolhas técnicas que podem incomodar, é um filme que merece ser visto, pois provoca reflexão e discussão sobre os perigos do abuso psicológico e a importância de proteger crianças e adolescentes em um mundo cada vez mais conectado.

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