O Voo do Anjo (2024), longa-metragem nacional dramático, distribuído pela Califórnia Filmes, estreia, oficialmente, nos cinemas brasileiros, a partir do dia 24 de outubro de 2024, com classificação indicativa 14 anos e 91 minutos de duração.
A história segue a vida do professor aposentado Vítor Almeida Falcão, interpretado por Othon Bastos, cuja rotina é abalada pela chegada de Arthur, um jovem com um passado traumático vivido por Emílio Orciollo Neto. A dinâmica entre os dois personagens é o coração do filme, oferecendo momentos de emoção e reflexão.
A direção de Alberto Araújo é competente, embora em alguns momentos o filme sofra com um ritmo inconsistente, oscilando entre momentos de tensão dramática e outros de quietude que nem sempre se alinham harmoniosamente.
O roteiro às vezes peca pelo excesso de sentimentalismo, o que pode afastar alguns espectadores que preferem uma abordagem mais sóbria. Além disso, alguns personagens secundários carecem de profundidade, deixando a desejar quanto a desenvolvimento e complexidade.
Em termos de enredo, aborda temas como trauma, solidão e a busca por significado na terceira idade. A relação entre Vítor e Arthur é um estudo fascinante sobre como as conexões humanas podem transformar vidas. O filme também merece elogios por evitar clichês e por sua disposição em abordar assuntos delicados com respeito e sensibilidade.
Em resumo, “O Voo do Anjo” é um filme que, apesar de suas falhas, nos faz refletir sobre nossas próprias vidas e relações, demonstrando que filmes brasileiros podem competir no cenário internacional tanto em termos de qualidade artística quanto de relevância temática.
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