“Salão de Baile” e “O Deserto de Akin” são premiados no Festival do Rio

Longa documental SALÃO DE BAILE é premiado com o Troféu de Melhor Montagem, além de uma Menção Honrosa, enquanto O DESERTO DE AKIN leva o prêmio de Melhor Ator

Salão de Baile: This is Ballroom (divulgação)

O Festival do Rio 2024 anunciou na noite deste domingo (13) os vencedores do Troféu Redentor da Première Brasil, ao qual concorreram 51 filmes na competição principal e na Novos Rumos, e 35 produções ao Prêmio Felix. A cerimônia de premiação aconteceu no Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro e foi apresentada por Fabíola Nascimento e Juan Paiva.

SALÃO DE BAILE, de Juru e Vitã, primeiro longa-metragem documental focado no movimento Ballroom no Rio de Janeiro foi premiado com o Troféu de Melhor Montagem na mostra competitiva principal, além de ser agraciado com a Menção Honrosa (Prêmio Félix), uma iniciativa que coloca em evidência as obras centradas em personagens e temáticas LGBQTIAPN+.

Em SALÃO DE BAILE, a câmera acompanha uma “ball” (baile) da cena fluminense, onde pessoas negras e/ou LGBTQIAPN+ têm a liberdade para experimentar novas possibilidades de expressão de identidade, de gênero e exercitar seus potenciais artísticos. Várias modalidades de competição acontecem ao longo da celebração: moda, beleza, dança, música, desfile… “A ballroom é um lugar de potencialização desses corpos dissidentes, um espaço criado por e para pessoas trans e pretas, especialmente, poderem resistir às opressões e celebrar suas existências”, explica Juru, que assina a direção do projeto em parceria com Vitã.

Tanto Juru como Vitã fazem parte do movimento ballroom do Rio de Janeiro, assim como a maioria da equipe do longa. “Mais do que um filme sobre a cena ballroom, nós fizemos um filme em conjunto com a comunidade ballroom. Queremos proporcionar ao espectador uma experiência de imersão no universo, com o nosso olhar ‘de dentro’”, explica Vitã. “A cena ballroom é talvez a mais radical e mais interessante do underground fluminense. Em termos de força, de enfrentamento, de expressividade, de cultura, de movimentar os subterrâneos da cidade, não tem nada que chegue aos pés dela”, afirma Luis Carlos de Alencar, da produtora carioca Couro de Rato.

O filme foi selecionado também para a MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DE SÃO PAULO e estreia em dezembro nos cinemas. Realizado com patrocínio do 2º Edital de Fomento ao Audiovisual da Prefeitura de Niterói – FAN – Fundação de Arte de Niterói, foi coproduzido pela RioFilme, órgão que integra a Secretaria de Cultura da Prefeitura do Rio.

O Deserto de Akin (divulgação)

Já O DESERTO DE AKIN, de Bernard Lessa, foi agraciado com o prêmio de Melhor Ator para Reynier Morales, na mostra competitiva Novos Rumos.

O filme acompanha Akin, um médico cubano do Programa Mais Médicos, que vive no interior do Brasil e enfrenta uma difícil escolha após o fim do programa: voltar para Cuba ou permanecer no Brasil e se reinventar. A trama, que discute imigração e pertencimento, é estrelada por Reynier Morales, Ana Flávia Cavalcanti e Guga Patriota.

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