JORGE DA CAPADÓCIA, conhecido também como São Jorge, teve sua história definida na Turquia e suas ações perduram até hoje o mundo inteiro.
Guerreiro e devoto, Jorge foi um mártir cristão que, exercendo o cargo de soldado do império Diocleciano, negou-se a matar e perseguir cristãos, propagando a vitória do bem sobre o mal e a luz sobre as trevas.
Sua icônica imagem em cima de um cavalo branco, empunhando uma lança e derrotando um dragão numa cidade que havia um grande pântano retrata a luta contra o maligno.
Entretanto, a abordagem deste longa brasileiro é um pouco diferente da história contada por séculos. Aqui, o dragão é metafórico, representando o que sentia internamente, suas dores e sofrimentos, reafirmando sua fé com força e amor.
Apesar do baixo orçamento, os efeitos visuais são bons, assim como o figurino e o cuidado com a locação das gravações. Contrapondo a disparidade das atuações que causa uma dissônancia à quem assiste.
Focado em uma proposta mais realista, entrega quase nada do dragão ou das batalhas, carecendo de um refinamento do roteiro para causar mais impacto a fim de explorar a grandiosidade dos acontecimentos retratados.
Coerente em sua estética e ambientação, reabastece o público religioso com um conto fraco e medíocre que serve de base para quem não conhece a lenda, transpondo a vida pessoal e profissional de Jorge até conquistar seus primeiros milagres.
Título original: Jorge da Capadócia (2023)
Longa-metragem Nacional
Classificação Indicativa: 16 anos
Duração: 110min
Gênero: Drama; Épico
Direção: Alexandre Machafer
Roteiro: Matheus Souza
Elenco Principal: Alexandre Machafer, Cyria Coentro, Roberto Bomtempo, Ricardo Soares, Miriam Freeland, Augusto Garcia, Antonio Gonzalez, Roney Villela, Adriano Garib