Othelo, o Grande (por Casal Doug Kelly)

(O protagonismo de Othelo o tornou grande)

            Othelo, o Grande (2023), longa-metragem documental nacional, distribuído pela Livres Distribuidora, estreia, oficialmente, nos cinemas brasileiros, a partir do dia 05 de setembro de 2024, com classificação indicativa 12 anos e 83 minutos de duração.

            Documentário que mergulha profundamente na vida e obra de Sebastião Bernardes de Souza Prata, conhecido artisticamente como Grande Otelo. Premiado no Festival do Rio 2023, é uma celebração da genialidade e do impacto cultural de um dos maiores artistas brasileiros.

            Através de uma montagem exímia que combina imagens de arquivo e depoimentos, o documentário narra a trajetória de Otelo, desde suas origens humildes em Uberlândia até se tornar uma figura icônica nos palcos e telas do Brasil. O diretor Lucas H. Rossi apresenta uma narrativa que não apenas destaca os triunfos de Otelo, mas também não se esquiva das adversidades que enfrentou, incluindo o preconceito, racismo e tragédias pessoais, como a que culminou em sua primeira esposa envenenando o filho e se suicidando.

            A obra é enriquecida por trechos de performances memoráveis de Otelo, como em “Macunaíma” e “Fitzcarraldo”, e por momentos íntimos, como seu encontro com Orson Welles. A parceria com Oscarito e o início da produtora Atlântida são outros pontos altos do documentário, que utiliza a música para tecer a narrativa da vida de Otelo, ressaltando sua relevância na história do cinema brasileiro. A crítica social, especialmente em relação ao racismo, é um tema central, tratado com a potência das próprias palavras de Otelo.

            Em resumo, “Othelo, o Grande” é um documentário que não só documenta a vida de um artista extraordinário, mas também serve como um comentário sobre a sociedade brasileira e a indústria do entretenimento. É uma obra que, sem dúvida, deixará os espectadores querendo saber mais sobre este homem e sua arte inesquecível.

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