O Ritual do Livro Vermelho (por Peter P. Douglas)

(Alguns jogos não devem ser jogados)

            O Ritual do Livro Vermelho (The Red Book Ritual, 2022), longa-metragem do gênero terror, coprodução Argentina e Nova Zelândia, com classificação indicativa 12 anos e 84 minutos de duração, explora o jogo paranormal que dá título a produção.

            A trama gira em torno de três amigos que, se reúnem em uma casa onde, anos atrás, uma bruxa foi morta em um ritual satânico. Eles decidem jogar o jogo, sem saber que cada pergunta feita aos espíritos os aproxima mais da bruxa e do mal que aguarda para ser libertado. A estrutura foi realizada em forma de antologia, com segmentos que variam em qualidade e impacto.

            A tensão é um dos pontos fortes do filme com sustos bem executados. No entanto, sofre com uma narrativa desconexa e segmentos que parecem não ter uma conclusão satisfatória. Há o jogo que está sendo jogado pelos personagens, mas até isso é inconsistente. A primeira história é apenas um conto aleatório contado para assustar um dos amigos, enquanto a segunda começa sem introdução. Um dos segmentos, ‘Little One’, tem um desenvolvimento impressionante que, infelizmente, é desperdiçado. ‘Nose Nose Nose Eyes!’ apresenta uma premissa interessante que não é explorada adequadamente, e ‘Release’ não aproveita a parte mais intrigante de sua história. Isso cria uma sensação de fragmentação que prejudica a coesão geral do filme.

            Em resumo, “O Ritual do Livro Vermelho” apesar de seus defeitos, consegue chamar a atenção do público, oscilando entre o aterrorizante e o involuntariamente cômico. Embora alguns segmentos sejam mais fracos, outros são suficientemente fortes para manter o interesse. É um esforço amador que mostra visão e potencial, apesar das limitações orçamentárias e de produção.

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