(Quando a dinâmica familiar entra em conflito)
Estrela Cadente (Comme Une Comète AKA Shooting Star, 2020), curta-metragem canadense do gênero dramático, com classificação indicativa livre e 23 minutos de duração, dirigido por Ariane Louis-Seize, é ambientado durante uma viagem familiar para observar estrelas cadentes.
Chloé, uma adolescente introspectiva se vê atraída pelo novo namorado de sua mãe. E é esta premissa simples que serve de pano de fundo para uma exploração profunda dos desejos, da turbulência na adolescência e das descobertas na transição para a vida adulta.
A narrativa permite que o público imerja na dinâmica familiar e na psique de Chloé. A diretora equilibra delicadamente a tensão e a ternura, enquanto a fotografia de Shawn Pavlin realça a beleza efêmera do cenário noturno. A trilha sonora de Pierre-Philippe “Pilou” Côté complementa a atmosfera do filme, pontuando as emoções que percorrem a narrativa.
Marguerite Bouchard entrega uma atuação como Chloé que captura a complexidade de uma jovem em conflito com seus sentimentos emergentes. Patrick Hivon, interpretando o namorado da mãe, oferece uma performance que transita entre o charme descontraído e uma presença mais ponderada, à medida que a história se desenrola. Whitney Lafleur, como a mãe, traz uma energia vibrante que contrasta com a quietude de Chloé.
O curta não apenas apresenta personagens convincentes, mas também aborda temas de amadurecimento e desejo. A narrativa de Louis-Seize não julga seus personagens, mas os apresenta com todas as suas imperfeições e complexidades, permitindo que o público tire suas próprias conclusões sobre suas ações e motivações.
Em resumo, “Comme Une Comète” é um exemplo do poder do cinema de curta-metragem em contar histórias concisas, porém ricas, o que deve agradar o público por sua honestidade emocional, sua abordagem autêntica e narrativa perspicaz.
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