O Tarô da Morte (por Rodrigo Coli)

Rodrigo Coli

Escrito nas estrelas, lido o futuro nas cartas, O TARÔ DA MORTE antevê toda sua trama desde o início, só não enxerga seu potencial para se tornar mais expressivo.

Seguindo o oposto do que vem sendo a tendência, não tenta ser inteligente, provocativo e nem remete à algo mais psicológico. Neste, resgata o clima dos anos 90 e 2000, repleto de jumpscares com sustos e efeitos sonoros muito altos.

Clichê atrás de clichê, o roteiro escolhe fazer somente o básico, inclinando-se sempre para a resolução mais fácil, sem noção espacial, não inova e foca em uma fórmula de terror antiga.

Apesar de previsível e com mortes telegrafáveis, acerta em focar nos personagens individualmente, não sendo expositivo nas cenas de mortes, agradando quem não gosta da violência mais gráfica em tela.

O visual dos monstros são instigantes, mas são subaproveitados. O humor é bem-vindo na atenuação da tensão, em contraponto acaba caindo em uma sátira e perdendo o peso das temíveis cartas do mal.

Através do tarô e da astrologia, traz diversão e entretenimento, ciente que é ruim, abraça o fato, sendo direto ao ponto, não enrola com momentos desnecessários, entregando exatamente o que promete.

Na crença em que todos temos um destino traçado, o filme deixa pistas que, apesar de vários fatores te direcionarem a seguir um caminho, a escolha final de suas ações cabe somente à você decidir o que será do seu futuro.

Título original: Tarot Aka Horrorscope (2024)
Longa-metragem Estadunidense
Classificação Indicativa: 14 anos
Duração: 92min
Gênero: Terror, Comédia
Direção: Anna Halberg, Spenser Cohen
Roteiro: Anna Halberg, Spenser Cohen
Elenco Principal: Harriet Slater, Adain Bradley, Avantika Vandanapu, Jacob Batalon, Olwen Fouéré

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