Evento que ocorre no REAG Belas Artes exibe 18 filmes premiados nesta semana (entre 05 e 11 de agosto)
De 1 a 14 de agosto, o REAG Belas Artes (SP) apresenta uma jornada cinematográfica global com produções de 20 países, compondo a seleção do FESTIVAL FILMES INCRÍVEIS. Nesta semana, de 05 a 11 de agosto, serão exibidos 18 filmes inéditos no circuito brasileiro. A programação destaca novas obras de cineastas renomados, como o cambojano Rithy Pan e o polonês Krzysztof Kieslowski, além do mais recente longa da produtora A24.
Além da programação escolhida a dedo, os ingressos têm valores acessíveis: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). Também estão disponíveis passaportes que dão direito a 5 ingressos por R$ 45,00. O festival é patrocinado pelo Desenvolve São Paulo, Secretaria do Estado de São Paulo e o Ministério da Cultura.
Abaixo, você encontra a programação desta semana:
Segunda 5/8
13h40 – Caminho da Vida (Nepal, 2024, cor, 150min., drama, idioma: tibetano e nepali)
16h30 – Café Teerã (Irã, 2023, 1h36min., cor, drama, idioma: persa)
18h30 – Linguagem Universal (Canadá, 2024, cor, 1h29min., comédia, idioma: persa/francês)
20h30 – O Homem na Caixa (Japão, 2024, 120min., cor e p/b, drama, idioma: japonês)
Terça 6/8
13h40 – A Calma (Polônia, 1976, cor, 1h21min, drama, idioma: polonês)
15h30 – Trilha Sonora para um Golpe de Estado (Bélgica/França, 2024, 2h30min., cor e p/b, documentário, idiomas: francês/inglês/holandês)
18h40 – A Nuvem e o Homem (Índia, 2021, 1h37min., cor e p/b, drama/fantasia, idioma: bengali)
20h00 – Linguagem Universal (Canadá, 2024, cor, 1h29min., comédia, idioma: persa/francês)
20h40 – Todas as estradas de terra tem gosto de sal (EUA, 2023, cor, 92 min., drama, idioma: inglês)
Quarta 7/8
13h40 – O Homem na Caixa (Japão, 2024, 120min., cor e p/b, drama, idioma: japonês)
16h00 – A quem Eu Pertenço (Tunísia, 2024, cor, 2h, drama, idioma: árabe)
18h30 – Uma Família Normal (Coréia do Sul, 2023, cor, 116 min, drama, idioma: coreano)
20h50 – O Retrato de Norah (Arábia Saudita, 2023, cor, 114 min., drama, idioma: árabe)
Quinta 8/8
13h20 – A nuvem e o homem (Índia, 2021, 1h37min., cor e p/b, drama/fantasia, idioma: bengali)
15h20 – Caminho da vida (Nepal, 2024, cor, 150min., drama, idioma: tibetano e nepali)
18h10 – POV: ponto de vista (Espanha/Costa Rica, 2024, 1h30min., cor, drama, idioma: espanhol)
20h30 – Trilha sonora para um golpe de Estado (Bélgica/França, 2024, 2h30min., cor e p/b, documentário, idiomas: francês/inglês/holandês)
Sexta 9/8
13h20 – Encontro com o ditador (Camboja/França/Turquia/Taiwan/Catar, 2024, 1h52min, cor, drama, idioma: francês)
15h20 – O caso do escritor Padilla (Cuba, 2022, 78 min, p/b, documentário, idioma: espanhol)
17h00 – O homem mais feliz do mundo (Macedônia do Norte, 2022, 100 min, drama, idioma: bósnio)
19h00 – Memórias de um corpo ardente (Espanha/Costa Rica, 2024, 1h30min., cor, drama, idioma: espanhol)
20h50 – Rainhas (Peru/Suíça, 2024, 1h44min, cor, drama, idioma: espanhol)
Sábado 10/8
13h20 – A Calma (Polônia, 1976, cor, 1h21min, drama, idioma: polonês)
15h00 – Metronom: a rádio pirata (Romênia, 2022, cor, 1h42min., drama, idioma: romeno)
17h00 – Rainhas (Peru/Suíça, 2024, 1h44min, cor, drama, idioma: espanhol)
19h00 – Linguagem Universal (Canadá, 2024, cor, 1h29min., comédia, idioma: persa/francês)
20h50 – POV: ponto de vista (Espanha/Costa Rica, 2024, 1h30min., cor, drama, idioma: espanhol)
Domingo 11/8
13h10 – Memórias de um corpo ardente (Espanha/Costa Rica, 2024, 1h30min., cor, drama, idioma: espanhol)
15h00 – Trilha sonora para um golpe de Estado (Bélgica/França, 2024, 2h30min., cor e p/b, documentário, idiomas: francês/inglês/holandês)
18h00 – A quem eu pertenço (Tunísia, 2024, cor, 2h, drama, idioma: árabe)
20h30 – O homem mais feliz do mundo (Macedônia do Norte, 2022, 100 min, drama, idioma: bósnio)
Vinte longas compõem a seleção do Festival, além das duas exibições especiais, que são Motel Destino, de Aïnouz, e Spokój/The Calm, de Kieslowski, originalmente lançado em 1976. Os filmes do festival foram escolhidos por uma curadoria que valorizou a qualidade artística das obras e filmes que valem a pena serem vistos no cinema.
Além disso, esses 20 longas trazem histórias bem contadas com um apuro estético e formal. São filmes que nem sempre chegam ao circuito nacional, por isso vale a pena os assistir no FESTIVAL FILMES INCRÍVEIS DO BELAS ARTES GRUPO. O público irá escolher seu filme favorito por meio de uma votação, e o mais votado receberá um prêmio.
Serviço
FESTIVAL FILMES INCRÍVEIS
Quando: De 01 até 14 de agosto
Onde: REAG Belas Artes (R. da Consolação, 2423 – Consolação)
Seleção oficial completa do Festival Filmes Incríveis 2024:
Café Teerã (Café)
Irã, 2023, 1h36min., cor, drama, idioma: persa
Direção: Navid Mihandoust
Elenco: Masoud Karamati, Mahsa Mahjour e Setareh Maleki
Sinopse: Um sonho paroxístico emerge das profundezas da filmografia de Kieslowski e desperta o condenado diretor iraniano Sohrab que, proibido de fazer filmes, passa os dias num café do bairro. No entanto, o pedido de uma jovem para apresentar o seu desempenho na loja significará novos problemas, tanto para o seu já conturbado casamento como para as suas relações tensas com as autoridades que o pressionam a fornecer informações “suculentas” se quiser aliviar a sua situação.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=HA5GA2NVl3w&t=63s
“Café” é o terceiro longa-metragem do diretor iraniano Navid Mihandoust. Ele iniciou sua profissão em 1999 e possui mais de 20 anos de experiência em cinema e televisão, atuando como diretor, assistente de direção e roteirista em diversas séries de TV e filmes. Atualmente, Navid está na prisão de Evin, em Teerã, capital do Irã. O governo local o condenou a três anos de reclusão com acusações injustas resultantes de um documentário que ele realizou em 2009, centrado na vida profissional de Masih Alinejad (uma jornalista iraniana e ativista dos direitos das mulheres), uma obra que nunca foi lançada. “Café” foi realizado sem qualquer pedido de autorização às autoridades da República Islâmica. Quanto à iniciativa de fazer o filme por própria conta e risco, ele diz acreditar que “o cinema e a arte têm o seu próprio mundo, um mundo para além das autorizações temporárias dos líderes”. A história de “Café” é semelhante ao que aconteceu com ele próprio durante os anos em que esteve em liberdade sob fiança. Ainda segundo ele, “o longa-metragem foi feito sem quaisquer fundos ou bolsas de qualquer organização, apenas com o sonho de retratar as injustiças que acontecem no meu país”.
Encontro com o Ditador (Rendez-vous avec Pol Pot)
Camboja/França/Turquia/Taiwan/Catar, 2024, 1h52min, cor, drama, idioma: francês
Sinopse: 1978. Durante três anos, o Camboja esteve sob o jugo do revolucionário Pol Pot e do seu Khmer Vermelho. O país está economicamente devastado e quase dois milhões de cambojanos morreram num genocídio que permanece silencioso. Três franceses aceitaram o convite do regime e esperam obter uma entrevista exclusiva com Pol Pot. Eles são uma jornalista familiarizada com o país, um repórter fotográfico e um intelectual simpatizante da ideologia revolucionária. Mas a realidade que percebem sob a propaganda e o tratamento que lhes é reservado mudarão gradativamente as certezas de todos.
Rithy Panh, nascido em 18 de abril de 1964, em Phnom Penh, Camboja, é um diretor, produtor de cinema, roteirista editor, ator e escritor franco-cabojano. A maior parte de sua carreira é dedicada ao trauma e ao luto após os horrores cometidos pelo regime do Khmer Vermelho entre 1975 e 1979. Em 1975, o jovem Rithy Panh tinha apenas onze anos quando o Khmer Vermelho tomou o poder no Camboja. Seguiram-se quase quatro anos de um regime sanguinário onde toda a população foi enviada para campos de trabalho. Nesses anos, quando perdeu os pais e parte da família, o adolescente presenciou as piores atrocidades. Em 1979, ele conseguiu chegar ao campo de Mairut, na Tailândia, e de lá fugiu para se exilar na França, em 1980. Seu primeiro documentário, “Site 2”, já trata do Camboja, e mais particularmente dos campos de refugiados na Tailândia. O sucesso deste primeiro trabalho abriu as portas a alguns patrocinadores, incluindo o canal de televisão franco-alemão Arte e o grupo Canal+. “Les Gens de la rizière”, seu primeiro longa ficcional, foi o primeiro filme cambojano apresentado no Festival de Cinema de Cannes, na competição oficial. Depois, vieram mais dois filmes apresentados em Cannes, fora de competição: “S21, a Máquina de Morte do Khmer Vermelho” e “The Artists of Burnt Theatre”. Em 2013, recebeu o prêmio Un Certain Regard no Festival de Cannes pelo documentário “The Missing Image”, também indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Animale
França, 2024, cor, 1h38min., idioma: francês
Direção: Emma Benestan
Elenco: Oulaya Amamra, Elies-Morgan Admi-Bensellam e Damien Rebattel
Sinopse: Nejma treina duro para vencer a competição local de touradas. Quando é atacada após uma comemoração, ela começa a perceber mudanças perturbadoras. A notícia de um perigoso touro à solta aterroriza a comunidade, matando homens jovens.
Segundo filme dirigido por Emma Benestan, depois de “Fragile” 2021). Ela é diretora, roteirista e editora de nacionalidade franco-argelina, nascida em Montpellier em abril de 1988. Depois de estudar na Fémis no departamento de edição, Emma Benestan dirigiu vários curtas, entre eles “Un Monde sans Bêtes” (2018) e “Goût Bacon” (pré-selecionado para o César 2018 de melhor curta-metragem). Participou da montagem dos longas “Azul é a Cor Mais Quente” (2013) e de “Mektoub, Meu Amor” (2018), ambos de Abdellatif Kechiche. Seu primeiro longa-metragem, “Frágil”, quando lançado nos cinemas da França, recebeu calorosa recepção da crítica.
Filme de encerramento do Festival de Cannes 2024.
Metronom, A Rádio Pirata (Metronom)
Romênia, 2022, cor, 1h42min., drama, idioma: romeno
Direção: Alexandru Belc
Elenco: Mara Bugarin, Serban Lazarovici e Vlad Ivanov
Sinopse: Roménia, outono de 1972. Ana, uma adolescente de 17 anos, descobre que o seu namorado fugirá definitivamente do país dentro de alguns dias. Os dois amantes decidem passar os últimos dias juntos.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=7w3kHVfG8ic
Terceiro longa-metragem do diretor Alexandru Belc, nascido em 26 de julho de 1980 em Brasov, Romênia. Filme Vencedor do Prêmio Un Certain Regard de Melhor Direção no Festival de Cannes 2022; Vencedor do Prêmio de Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema de Gijón; Vencedor do Prêmio de Melhor Filme Internacional no Festival de Cinema de Jerusalém.
Teleférico do Amor (Gondola)
Alemanha/Georgia, 2023, 1h22min., cor, comédia/drama/romance, idioma: sem diálogos
Direção: Veit Helmer
Elenco: Nino Soselia, Mathilde Irrmann e Zuka Papuashvili
Sinopse: Conhecido por seu estilo único e sem diálogos, o diretor de “De Quem é o Sutiã?”, Veit Helmer, retrata de maneira fantástica a história de amor entre duas mulheres que trabalham em um teleférico que atravessa as belas montanhas da Geórgia.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=kLEQjjWKtlo
O roteirista, diretor e produtor Veit Helmer fez seu primeiro filme aos 14 anos. Estudou cinema na Escola de Cinema de Munique HFF e ficou conhecido por curtas-metragens excêntricos. Co-escreveu o longa-metragem “A Trick of Light” dirigido por Wim Wenders e que teve sua estreia no Festival de Veneza em 1997. Sua primeira produção cinematográfica “Tuvalu”, estrelada por Denis Lavant, foi convidada para 62 festivais, incluindo San Sebastian, Londres, Chicago, Berlim e Karlovy Vary. O filme foi lançado em junho de 2000 pela Buena Vista Germany. Seu segundo longa-metragem “Gate to Heaven”, estrelado por Miki Manojlovic e Udo Kier, foi lançado em dezembro de 2003 na Alemanha pela Prokino/20th Century Fox. Seu terceiro longa-metragem ABSURDISTÃO (2008) estreou em Sundance e recebeu prêmios em diversos festivais. Além de filmes de ficção, Veit Helmer dirigiu três documentários. Seu longa “De Quem é o Sutiã?” participou de diversos festivais e teve lançamento nos cinemas brasileiros.
POV: Ponto de Vista (In the blind spot)
Alemanha, 2023, 1h57min., cor, drama/mistério/ação, idiomas: alemão/turco/curdo/inglês
Direção: Ayse Polat
Elenco: Katja Burkle, Ahmet Varli e Cagla Yurga
Sinopse: Uma equipe de filmagem alemã está filmando um documentário no nordeste da Turquia. Em uma remota vila curda, eles testemunham uma mulher idosa realizando um ritual recorrente para manter viva a memória de seu filho desaparecido. A tradutora curda da tripulação alemã também é babá de Melek, uma menina turca de 7 anos. Seu pai, Zafer, trabalha para uma organização sinistra e fica preso entre a lealdade a eles e o medo pelo bem-estar de sua família quando sua filha parece ser assombrada por uma força misteriosa. O encontro fatídico dessas pessoas desenvolve um poder destrutivo. A trama desvenda uma complexa rede de conspiração, paranoia e trauma geracional.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=i2kqn1APqtU
Vencedor de sete prêmios no Festival Internacional de Cinema de Ancara 2023: Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Direção de Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Direção de Arte, Melhor Ator e Melhor Atriz Coadjuvante.
Filme selecionado para a mostra Encounter no 73º Festival Internacional de Cinema de Berlim, onde teve sua estreia mundial em 19 de fevereiro de 2023. O filme foi rodado de 24 de abril de 2021 a 24 de junho de 2021 na Turquia e Hamburgo. A diretora e roteirista Ayse Polat nasceu em 19 de novembro de 1970 em Malatya, Turquia.
Memórias de Um Corpo Ardente (Memorias de un Cuerpo que Arde)
Espanha/Costa Rica, 2024, 1h30min., cor, drama, idioma: espanhol
Direção: Antonella Sudasassi
Elenco: Liliana Biamonte, Sol Carballo e Paulina Bernini Viquez
Sinopse: Duas sexagenárias, Ana e Patrícia, e uma septuagenária, Mayela, cresceram numa época em que a sexualidade não era discutida ou expressa livremente por ser considerada um tabu. Aprenderam a ser mulheres a partir das normas silenciosas e das exigências ocultas da sua sociedade. Agora eles têm a coragem de compartilhar abertamente suas experiências. Suas histórias são contadas de forma poética: enquanto narram suas vidas em off, outra mulher entra em cena encarnando suas memórias, segredos e desejos.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=zu7ao_BOeM8
Vencedor do Prêmio do Público na mostra Panorama do Festival de Berlim 2024; Selecionado para a Competição Ibero-Americana do Festival Internacional de Seattle.
Antonella Sudasassi Furniss é uma escritora, diretora e produtora costarriquenha. Seu primeiro filme, O Despertar das Formigas, estreou na Berlinale 2019. O filme foi selecionado como a entrada da Costa Rica para o Oscar. Tornou-se o primeiro filme centro-americano a receber uma indicação ao Prêmio Goya e a ganhar o Prêmio Platino. Foi selecionado em mais de 65 festivais internacionais de cinema e recebeu 15 prêmios internacionais. “Memórias de um Corpo Ardente” é seu segundo filme.
Máquina do Tempo (Lola)
Direção: Andrew Legge
Elenco: Emma Appleton, Stefanie Martini e Theodora Brabazon Legge
Irlanda/Reino Unido, 2022, p/b, 79 min., idiomas: inglês e alemão
Sinopse: As irmãs Thomasina (Emma Appleton) e Mars (Stefanie Martini) criaram uma máquina que usa as frequências de transmissão do rádio e da televisão para captar sinais gerados no futuro. Como o ano é 1940 e a Segunda Guerra está em seu auge, a criação delas acaba sendo descoberta pelo governo, que logo as força a captarem notícias e transmissões futuras das movimentações de exércitos dos países do Eixo. Por mais que as interferências no tempo deem certo algumas vezes, o novo encadeamento de fatos acaba prevalecendo e a tragédia assume proporções nefastas.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=8uSa8XkogRE
“Máquina do Tempo” é o primeiro longa-metragem de Andrew Legge e é baseado em seu premiado curta “The Chronoscope” (2009), que envolve uma máquina que pode ver o passado. Com fotografia em preto e branco, assim como o curta, “LOLA” vai mais além. Misturando harmoniosamente imagens de arquivo com sequências recém-criadas, o longa faz uso de alguma manipulação digital empregada na pós-produção. Todas as imagens foram captadas em negativo preto e branco, material que foi calculadamente riscado, tendo alguns fotogramas mutilados, além de aparente danificação em parte das perfurações laterais, efeitos pontuais que contribuem ainda mais para o aspecto vintage das imagens apresentadas.
“Máquina do Tempo” foi filmado na Irlanda durante o bloqueio da pandemia Covid-19. As cenas entre as irmãs em sua casa foram filmadas em câmeras Bolex e Arriflex de 16 mm com lentes de época, as cenas do noticiário foram filmadas em uma câmera Newman Sinclair 35 mm da década de 1930, em filme Kodak Double X. As atrizes foram treinadas no uso das câmeras com Stefanie Martini operando de verdade as tomadas que sua personagem está filmando. Grande parte do processo laboratorial do filme foi feito em casa, usando um tanque de revelação de 16 mm da era soviética. Neil Hannon da banda The Divine Comedy escreveu a trilha sonora que também traz “Space Oddity” de David Bowie e uma versão repaginada de “You Really Got Me”, do Kinks.
Selecionado para o Festival Internacional de Locarno na Competição de Melhor Primeiro Filme; Prêmio de Melhor Diretor no Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires 2023.
A Nuvem e o Homem (The Cloud and the Man/Manikbabur Megh)
India, 2021, 1h37min., cor e p/b, drama/fantasia, idioma: bengali
Direção: Abhinandan Banerjee
Elenco: Chandan Sen, Debesh Roy Chowdhury, Bratya Basu, Arun Guhathakurta e Nemai Ghosh
Sinopse: A história de Manik, um homem solitário por natureza e anti-social por escolha. Ele mora com seu pai doente, que nada mais é do que um despertador para ele. Manik leva uma vida monótona que gira em torno de suas plantas, dos animais da rua, uma aranha, formigas e um lagarto doméstico. Um dia, o pai de Manik falece e ele recebe um aviso prévio de um mês para desocupar a casa alugada. Justamente quando o mundo ao seu redor começa a desmoronar, Manik conhece alguém que mudaria sua vida para sempre. Ele encontra uma nuvem. Inicialmente confundindo a nuvem com a sombra de um perseguidor, Manik logo descobre sua loucura. A partir daí, o que se desenrola é a história de amor mais singular entre um homem e uma nuvem. O romance surreal traz à tona um novo Manik nele e o impulsiona em uma jornada de montanha-russa de fé, traição, crença e afeto.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=1-9sGt955dk
Primeiro longa-metragem de Abhinandan Banerjee. Nascido em Calcutá, Abhinandan estudou na Escola Secundária Governamental Barasat Peary Charan Sarkar. Abhinandan mudou para Mumbai e estudou Arquitetura na Universidade de Mumbai. “The Cloud and the Man” fez parte dos 10 melhores filmes indianos de 2021 pela Fipresci India. O filme foi selecionado para a 75ª Edição do Festival Internacional de Cinema de Edimburgo e concorreu ao Prêmio Firebird na Competição de Cinema Jovem (Mundial) no 46º Festival Internacional de Cinema de Hong Kong.
Vencedor do prêmio NETPAC de Melhor Filme Asiático, no 27º Festival Internacional de Cinema de Calcutá; Vencedor do Prêmio de Melhor Filme no Festival Ibero-Americano de Caracas 2023; Selecionado para o Festival Internacional de Edimburgo 2022; Selecionado para o Festival Internacional de Hong Kong 2022; Selecionado para o Festival Internacional de Santa Barbara 2022.
Caminho da Vida (Shambhala)
Nepal, 2024, cor, 150min., drama, idioma: tibetano e nepali
Direção: Min Bahadur Bham
Elenco: Thinley Lhamo, Sonam Topden, Tenzing Dalha
Sinopse: Num vilarejo nos altos do Himalaia, Pema é uma jovem espiritualizada que se casa com Tashi e seus dois irmãos mais novos. Os quatro vivem em harmonia e respeito, até que Tashi viaja numa caravana de negociadores para a comunidade vizinha de Lhasa. Em sua ausência, Pema se descobre grávida e passa a ser questionada pela comunidade sobre a legitimidade da criança que espera.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=N2EXOwDgrIg
Segundo longa-metragem do diretor nepalês Min Bahadur Bham. Ele possui mestrado em Filosofia Budista e Ciência Política enquanto cursa doutorado em Antropologia. Seu curta, “Bansulli” (2012), foi o primeiro filme do Nepal selecionado para o Festival de Veneza, seguido por seu longa de estreia “Kalo Pothi: The Black Hen” (2015), que ganhou o prêmio FEDEORA de Melhor Filme na Semana da Crítica de Veneza, e se tornou a escolha oficial para representar o Nepal no Oscar, mas não foi indicado. “Kalo Pothi: The Black Hen” é também o filme nepalês de maior bilheteria no exterior e um dos filmes de maior bilheteria no Nepal.
Selecionado para o Festival de Berlim 2024 concorrendo ao Urso de Ouro de Melhor Filme. “Shambhala” é uma coprodução internacional entre Nepal, França, Noruega, Hong Kong, China, Turquia, Taiwan, EUA e Catar. Este é o primeiro longa-metragem nepalês a competir em um grande festival e o primeiro filme do sul da Ásia em três décadas na principal competição da Berlinale.
Trilha Sonora Para Um Golpe de Estado (Soundtrak to Coup d’Etat)
Bélgica/França, 2024, 2h30min., cor e p/b, documentário, idiomas: francês/inglês/holandês
Direção: Johan Grimonprez
Elenco: Louis Armstrong, Malcolm X, Nina Simone, Fidel Castro, Duke Ellington e Miles Davis
Sinopse: Jazz e descolonização estão entrelaçados nesta montanha-russa histórica que reescreve o episódio da Guerra Fria que levou os músicos Abbey Lincoln e Max Roach a invadirem o Conselho de Segurança da ONU em protesto contra o assassinato de Patrice Lumumba, político congolês e líder da independência da República do Congo.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=_gK0ZXzSVj0
O diretor Johan Grimonprez (nascido em 1962) é um artista multimídia, cineasta e curador belga. Ele é mais conhecido por seus filmes “Dial HISTORY” (1997), “Double Take” (2009) e “Shadow World: Inside the Global Arms Trade” (2016). Grimonprez fez sua estreia internacional no circuito de arte na documenta X de Kassel com seu “Dial HISTORY”, em 1997. Dez anos depois, a primeira retrospectiva de sua obra, “Johan Grimonprez – Retrospective 1992–2007”, foi exibida na Pinakothek der Moderne em Munique.
Vencedor do Prêmio Especial do Júri por Inovação Cinematográfica no Festival de Sundance 2024; Vencedor do Grande Prêmio de Melhor Documentário Internacional no Festival Internacional de Cinema de Sófia 2024; Vencedor do Persistence of Vision Award no Festival Internacional de San Francisco 2024.
Rainhas (Reinas)
Peru/Suíça, 2024, 1h44min, cor, drama, idioma: espanhol
Direção: Klaudia Reynicke-Candeloro
Elenco: Susi Sánchez, Tatiana Astengo e Gonzalo Molina
Sinopse: Em 1992, durante um período tumultuado em Lima, capital do Peru, Lucia, Aurora e sua mãe Elena decidem se mudar para os EUA. No entanto, o reencontro com o pai distante, Carlos, torna a partida repleta de emoções confusas, como arrependimento, esperança e medo.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=2yFU60KdbuE
A diretora Klaudia Reynicke-Candeloro é uma cineasta suíço-peruana, criada no Peru, na Suíça e nos EUA. Possui formação em Belas Artes e Ciências Sociais. O seu filme de estreia, “Il Nido” (2016), concorreu no festival de cinema de Locarno, seguido de “Love Me Tender” (2019) em Locarno e TIFF. Seu terceiro longa, “Reinas”, teve estreia mundial no Sundance 2024, participando da competição World Cinema. Posteriormente, estreou na Europa no Festival de Berlim, concorrendo na categoria Generation Kplus, onde ganhou o Grande Prêmio do Júri de Melhor Longa-Metragem.
Vencedor do Grand Prix Generation Kplus International no Festival de Berlim 2024; Selecionado para a mostra World Cinema do Festival de Sundance 2024.
Retrato de Norah (Norah)
Arábia Saudita, 2023, cor, 114 min., drama, idioma: árabe
Direção: Tawfik Alzaidi
Elenco: Yagoub Alfarhan, Maria Bahrauí e Abdullah Al Sadhan
Sinopse: A história gira em torno de Nader, um artista que desiste de sua paixão pela arte para ensinar crianças em um vilarejo remoto no oeste da Arábia Saudita, e Norah, que vive uma vida independente com seu irmão mais novo, Nayef, após a morte de seus pais em um acidente quando ela era criança. O filme explora a relação entre Nader e Norah em sua jornada de descoberta artística.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=_H7u3n2Lbvc
Escrito e dirigido por Tawfik Alzaidi, o elenco conta com o astro em ascensão Yaqoub Alfarhan (da série “Rashash”, popular em seu país), a estreante Maria Bahrawi e o aclamado ator Abdullah Alsadhan (falecido em fevereiro de 2024, aos 65 anos). “Norah” é o longa-metragem de estreia do roteirista e diretor saudita Tawfik Alzaidi. O roteiro do filme ganhou um prêmio financeiro da Daw Film Competition da Saudi Film Commission, uma iniciativa lançada pelo Ministério da Cultura da Arábia Saudita para apoiar e encorajar a nova geração de cineastas sauditas.
O filme foi exibido na prestigiosa sessão Un Certain Regard, do Festival de Cannes, o primeiro da Arábia Saudita nos 77 anos de história do festival.
Linguagem Universal (Universal Language)
Canadá, 2024, cor, 1h29min., comédia, idioma: persa/francês
Direção: Matthew Rankin
Elenco: Rojina Esmaeili, Danielle Fichaud e Sobhan Javadi
Sinopse: Em algum lugar entre Teerã e Winnipeg, duas mulheres encontram dinheiro congelado numa paisagem de inverno e tentam recuperá-lo. Um guia turístico conduz turistas cada vez mais confusos pelos monumentos e locais históricos de Winnipeg. Um homem larga o emprego no governo de Quebec e embarca em uma viagem misteriosa para visitar sua mãe. Espaço, tempo e identidades pessoais se misturam, se entrelaçam, e ecoam numa comédia surreal e desorientadora.
Clipe 1: https://www.youtube.com/watch?v=u8nbE1bglfI
Clipe 2: https://www.youtube.com/watch?v=qow-vlxZYcA
O diretor Matthew Rankin nasceu em Winnipeg e estudou história na McGill e na Univerité Laval. Ele dirigiu cerca de 40 filmes de documentário, ficção e animação apresentados em Sundance, SXSW, TIFF, Annecy, Berlinale, Dawson City International Short Film Festival e na Cannes Critics Week. Seu primeiro longa, “O Século XX” (2019), recebeu o Prêmio FIPRESCI 2020 na Berlinale. Ele mora em Montreal.
Vencedor do Prêmio do Público da Quinzena dos Diretores no Festival de Cannes 2024.
A Quem Eu Pertenço (Mé el Aïn/Who do I belong to)
Tunísia, 2024, cor, 2h, drama, idioma: árabe
Direção: Meryam Joobeur
Elenco: Salha Nasraoui, Mohamed Graya e Malek Mechergui
Sinopse: Aicha vive no isolado norte da Tunísia com o marido e o filho mais novo. A família vive angustiada após a partida dos filhos mais velhos, Mehdi e Amine, para o abraço violento da guerra. Quando Mehdi volta inesperadamente para casa com uma misteriosa esposa grávida, surge uma escuridão que ameaça consumir toda a aldeia. Aicha se vê presa entre seu amor maternal e sua busca pela verdade.
Clipe: https://www.youtube.com/watch?v=xlkJ0xlhR7Y
A diretora tunisiana Meryam Joobeur, baseada em Montreal, Canadá, tem em sua filmografia documentários e obras ficcionais. Seus curtas-metragens “Gods, Weeds and Revolutions” (2012) e “Born in the Maelstrom” (2017), estrelado por Sasha Lane (atriz de “O Mau Exemplo de Cameron Post”), foram exibidos em dezenas de festivais nacionais e internacionais. Seu curta indicado ao Oscar, “Brotherhood” (2018), foi exibido em mais de 150 festivais e ganhou 70 prêmios internacionais.
Primeiro longa-metragem da diretora Meryam Joobeur, uma extensão de seu curta-metragem indicado ao Oscar, “Brotherhood” (2018).
Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal (All Dirt Roads Taste of Salt)
EUA, 2023, cor, 92 min., drama, idioma: inglês
Direção: Raven Jackson
Elenco: Kaylee Nicole Johnson, Chris Giz e Jayah Henry
Sinopse: Uma exploração de décadas da vida de uma mulher no Mississippi e uma ode às gerações de pessoas, lugares e momentos inefáveis que nos moldam.
Raven Jackson, nascida em 1990, é uma cineasta, poetisa e fotógrafa premiada do Tennessee. Seu trabalho frequentemente explora paisagens de experiências e emoções indefiníveis, bem como a relação do corpo com a natureza. Recentemente foi indicada ao Independent Spirit Award de Melhor Primeiro Longa-Metragem ao Gotham Award de Diretora Revelação por este filme. “Stories From a Place Where All Dirt Roads Taste of Salt”, o livro complementar de seu primeiro longa, está atualmente disponível na A24. Suas fotografias podem ser encontradas no livro, bem como na BOMB Magazine. Ela é bolsista da Cave Canem e possui mestrados do Programa de Pós-Graduação em Cinema da Universidade de Nova York e do Programa de Escrita da New School.
Este é o primeiro longa-metragem escrito e dirigido por Raven Jackson, e foi lançado pela A24. As filmagens principais ocorreram nos estados americanos do Tennessee e Mississippi, no outono de 2021. O filme teve sua estreia mundial na competição do Festival de Cinema de Sundance de 2023, também foi exibido no 71º Festival Internacional de Cinema de San Sebastián e no Festival de Cinema de Nova York de 2023. O longa recebeu críticas positivas, sendo considerado um dos 10 melhores filmes independentes de 2023 pelo National Board of Review. Filmado em negativo 35mm, produzido por Barry Jenkins (Moonlight).
O Homem na Caixa (Hako Otoko)
Japão, 2024, 120min., cor e p/b, drama, idioma: japonês
Direção: Gakuryu Ishii
Elenco: Masatoshi Nagase, Tadanobu Asano, Koichi Sato, Ayana Shiramoto, Yuko Nakamura e Kiyohiko Shibukawa
Sinopse: Um homem com uma caixa de papelão sobre a cabeça vagueia pelas ruas de Tóquio. Olhando para o mundo através de um olho mágico, ele incessantemente escreve em um caderno o que ele pode ver. O fotógrafo Myself vê o homem e fica fascinado. Ele decide fazer a mesma coisa e se tornar um homem da caixa, mas seu caminho para chegar lá não é fácil: inúmeros desafios e perigos o aguardam. Eles incluem um médico falso que quer roubar sua identidade de homem da caixa; um militar que busca usá-lo para o crime perfeito; e uma mulher misteriosa que faz tudo o que pode para seduzi-lo. Será que Myself pode realizar seu sonho de se tornar um homem da caixa?
O filme “Crazy Thunder Road”, de 1980, fez do diretor Gakuryu Ishii, na época conhecido como Sogo Ishii, a ponta de lança da Nouvelle Vague japonesa. Ele passou a dirigir filmes punks de vanguarda, incluindo “Crazy Family”, que foi exibido no Berlinale Forum de 1985, para o qual também foi convidado em 1986. “Labyrinth of Dreams” foi selecionado para o Panorama da Berlinale de 1997. Em 2010, ele mudou seu nome para Gakuryu Ishii. Seus filmes mais recentes incluem “The Flower of Shanidar”, “Bitter Honey” e “Punksamurai Slash Down”.
Tadanobu Asano, que interpreta o “falso médico”, é um dos maiores astros internacionais do Japão, com papéis marcantes em produções locais, como o cult “Maborosi” (1995), de Hirokazu Koreeda, e “Tabu” (1999), último filme do grande diretor Nagisa Oshima, e em grandes sucessos de Hollywood, entre eles “O Silêncio” (2016), de Martin Scorsese, e a trilogia “Thor”.
Exibido na mostra “Berlinale Especial”, do Festival de Berlim 2024, o filme é uma adaptação do romance de 1973 “The Box Man”, de Kobo Abe.
A Calma (Spokój/The Calm)
Polônia, 1976, cor, 1h21min, drama, idioma: polonês
Direção: Krzysztof Kieslowski
Elenco: Jerzy Stuhr, Izabella Olszewska e Jerzy Trela
Sinopse: Antek não tem para onde ir ao ser libertado da prisão, após três anos de sentença. Ele consegue emprego em uma construção e inicia contato com uma moça, que conheceu recentemente. Ele se apaixona por ela, se casa e sua vida começa a fazer sentido. Quando tijolos e cimento começam a desaparecer no canteiro de obras, o gerente passa a suspeitar de Antek e também persegue outros trabalhadores. Ao iniciar uma greve, o grupo desconfia que Antek pode ser um traidor. Então, um conflito de consequências trágicas acaba com o seu sonho de uma nova vida de paz e tranquilidade.
O diretor e roteirista polonês Krzysztof Kieślowski (1941-1996) é, sem dúvida, um dos cineastas europeus mais influentes do século XX. Seus filmes são estudados em escolas de cinema de todo o mundo, e cinéfilos das novas gerações o têm como grande ídolo. Entre suas obras mais conhecidas estão “O Decálogo”, a trilogia “As Três Cores” e “A Dupla Vida de Véronique” (1991). Pela trilogia em referência às cores da bandeira da França, ele ganhou diversos prêmios, além de importantes indicações: “A Liberdade é Azul” ganhou o Leão de Ouro de Melhor Filme no Festival de Veneza 1993; “A Igualdade é Branca” deu a Kieślowski o Urso de Prata de Melhor Diretor no Festival de Berlim 1994; e “A Fraternidade é Vermelha” foi indicado ao Oscar 1995 nas categorias de Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original.
“Spokój” foi feito em 1976, mas permaneceu inédito até ser exibido pela primeira vez na TV polonesa em 19 de setembro de 1980, pois foi proibido pelo Estado devido ao seu tema – as greves eram ilegais na Polónia naquela época. Em 1981, a obra recebeu o Prêmio Especial do Júri do Festival de Cinema Polonês.
Motel Destino
Brasil, 2024, cor, suspense, 115 min., idioma: português
Direção: Karim Ainouz
Elenco: Fábio Assunção, Iago Xavier e Nataly Rocha
Sinopse: Sob o céu em chamas numa beira de estrada do litoral cearense, o Motel Destino é palco de jogos perigosos de desejo, poder e violência. Uma noite, a chegada do jovem Heraldo transforma em definitivo o cotidiano do local.
Nascido em 1966 em Fortaleza, Karim Aïnouz estudou arquitetura em Brasília e cinema na Universidade de Nova York. Seu primeiro longa-metragem, “Madame Satã” (2002), foi selecionado para Un Certain Regard e recebeu diversos prêmios ao redor do mundo. “O Céu de Suely” (2006) e “Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo”, codirigido com Marcelo Gomes (2009), foram convidados para a seção Orizzonti do festival de Veneza e ganharam prêmios internacionais. “O Abismo Prateado” (2011) é apresentado na Quinzena dos Realizadores. Em 2008, Aïnouz dirigiu “Alice”, série para a HBO Latin America. Suas instalações são expostas em diversos eventos como a Bienal de Arte Americana do Whitney Museum (1997), a Bienal de Arte de São Paulo (2004) e a Bienal de Sharjah (2011).
“Motel Destino” foi o único filme brasileiro na Seleção Oficial do Festival de Cannes 2024, concorrendo à Palma de Ouro.
O Caso do Escritor Padilla (El Caso Padilla)
2022, 78 min, p/b,
documentário, Cuba, espanhol (legendado)
Diretor: Pavel Giroud
Sinopse: Em 1973, o poeta cubano Heberto Padilla foi preso pela segurança do Estado acusado de contrarrevolucionário. Diante da pressão internacional, o governo cubano obrigou-o a incriminar-se no mais puro estilo stalinista.
A filmagem do evento histórico com Padilla falando publicamente foi conduzida por Santiago Alvarez, um dos melhores documentaristas latino-americanos. Meio século depois, um parente do diretor Pavel Giroud, que trabalhava no ICAIC – Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográficos, resgatou uma cópia do registro e o fato foi transformado neste documentário.
O diretor Pavel Giroud estudou design e se formou no Instituto Superior de Diseño em 1994. Ele trabalhou por um curto período de tempo como designer e diretor de arte em filmes e peças de teatro. Ele então começou a pintar, trabalhando com as técnicas básicas e incorporando vídeo em seu trabalho, antes de dirigir seus primeiros curtas-metragens, apresentando seus amigos em vez de atores profissionais. A partir daí, Giroud decidiu focar sua carreira no cinema.
“O Caso do Escritor Padilla” ganhou o prêmio de Melhor Documentário no 10º Prêmio Platino (Prêmio Platino de Cinema Ibero-Americano), após passar no Telluride Film Festival e, posteriormente, em outros festivais como San Sebastián, Festival de Cinema de Roma, BAFICI (Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires).
O Homem Mais Feliz do Mundo (Najsrekjniot chovek na svetot)
2022, 100 min, drama, Macedônia do Note, Bósnio (legendado)
Diretor: Teona Strugar Mitevska
Elenco: Jelena Kordic Kuret, Adnan Omerovic, Labina Mitevska
Sinopse: Asja é uma mulher solteira de 40 anos que mora em Sarajevo. Ela conhece Zoran, um banqueiro de 43 anos, em um evento de namoro. Zoran não está lá em busca de amor, mas de perdão. Durante a guerra de 1993, ele estava atirando na cidade pelo lado oposto e quer encontrar sua primeira vítima. Agora, ambos têm que reviver a dor na busca pelo perdão.
Em 2001, Teona Strugar Mitevska fez sua estreia na direção com o curta-metragem “Veta”, que ganhou o Prêmio Especial do Júri no 51º Festival Internacional de Cinema de Berlim. Seu primeiro longa-metragem, “How I Killed a Saint”, estreou no Festival Internacional de Cinema de Roterdã em 2004. Em 2008, Teona dirigiu “I Am from Titov Veles”, exibido em mais de 80 festivais ao redor do mundo e vencedor de quase 20 prêmios internacionais. Em 2019, seu filme “Deus Existe e Seu Nome É Petúnia” ganhou o Prêmio do Júri Ecumênico no Festival de Berlim 2019.
“O Homem Mais Feliz do Mundo” ganhou o Prêmio Bridging the Borders (Menção Especial) no Festival Internacional de Cinema de Palm Springs 2023.
Uma Família Normal (A Normal Family/Bo-tong-ui ga-jog)
2023, 116 min, drama, Coréia do Sul, coreano (legendado)
Diretor: Hur Jin-ho
Elenco: Sol Kyung-gu, Jang Dong-gun, Kim Hee-ae
Sinopse: A ocupação de Jae-wan como advogado inclui a defesa de assassinos. Seu irmão é um médico religioso que constantemente coloca seus pacientes à frente de seus próprios interesses. Uma circunstância envolvendo seus filhos adolescentes testa a consciência dos irmãos.
Hur se formou em Filosofia na Universidade Yonsei e passou a estudar cinema na Academia Coreana de Artes Cinematográficas. Seus primeiros passos como cineasta não passaram despercebidos, já que seu primeiro curta, “For Go-chul”, foi selecionado para o Festival Internacional de Cinema de Vancouver. Mais tarde, ele coescreveu o roteiro de “A Single Spark” e “Kilimanjaro”. Muitos de seus longas-metragens, “Christmas in August” (exibido na Semana da Crítica em Cannes em 1998), “One Fine Spring Day” (2001), “April Snow” (2005), “Happiness” (2007) e “A Good Rain Knows” (2009) são variações do tema favorito de Hur: o amor.
O filme estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto de 2023. Roteiro adaptado do romance “The Dinner”, do escritor holandês Herman Koch, traduzido para 21 idiomas e com mais de um milhão de exemplares vendidos na Europa. A obra já havia sido adaptada para o cinema diversas vezes: “The Dinner” (2017), filme dirigido por Oren Moverman, estrelado por Richard Gere, Steve Coogan, Laura Linney e Chloë Sevigny; “Het Diner” (2013), versão holandesa de Menno Meyjes; e “I nostri ragazzi” (2014), do italiano Ivano De Matteo.
Compartilhe