(O amor encontra uma maneira de funcionar)
O Homem e a Nuvem (The Cloud And The Man AKA Manikbabur Megh, 2021), longa-metragem dramático indiano, falado em bengali, e filmado em preto e branco, com 96 minutos de duração, dirigido por Abhinandan Banerjee, conhecido por seu trabalho em “Três Obsessões (Teenkahon, 2014)”.
Narra a história de Manik, interpretado por Chandan Sen, um homem solitário que vive em Calcutá e desenvolve uma relação peculiar com uma pequena nuvem após a morte de seu pai. A premissa é original e não comercial, destacando-se pela sua abordagem única e técnica apurada.
O filme se destaca pela cinematografia imersiva e pelo uso eficaz do som, que transporta o espectador para a metrópole indiana. No entanto, a narrativa é lenta e o desenvolvimento dos personagens é limitado, o que pode fazer com que o público perca o interesse ao longo do tempo. A atuação de Chandan Sen, embora competente, não consegue sustentar a profundidade emocional necessária para a trama.
A simbologia presente no filme, como o sol, a nuvem, a chuva e a sombra, oferece ao espectador a oportunidade de refletir sobre temas mais profundos. No entanto, a falta de desenvolvimento do enredo e das ideias faz com que o filme pareça mais adequado para um curta-metragem do que para um longa. Apesar de suas falhas, apresenta momentos de grande beleza visual e uma catarse final que pode ressoar com alguns espectadores.
Em resumo, “O Homem e a Nuvem” é uma obra tecnicamente bem executada, mas que peca pela falta de consistência narrativa e desenvolvimento de personagens. É um filme que pode ser apreciado por aqueles que buscam uma experiência cinematográfica diferente e contemplativa, mas que pode não agradar a todos devido ao seu ritmo lento e abordagem minimalista.
Repostado em https://www.parsageeks.com.br/2024/07/critica-cinema-o-homem-e-nuvem.html
Compartilhe
