Um conto de Torpak – Sweabrogas – parte 01 – Adeus a Norsengers

Havíamos saído em nossos drakkas a alguns dias, foram dias de calmaria, um bom vento vindo do noroeste nos trouxe a boa corrente quente, quase não precisávamos usar os remos, caminhava pelo convés pensativo, na minha folga do remo-leme e as palavras do jarl Yrion, meu pai, não saiam de minha cabeça.

“Vocês serão Sweabrogas, tome cuidado para não revelar sua identidade ou seremos humilhados pelo senado, serão como parias para nosso povo, mas se trouxerem pelo menos um navio carregado com lirium de Tar-mann-ghull, estaremos ricos novamente”. Falava ele enquanto carregávamos os seis drakkas, três dos quais o próprio jarl havia cedido.

“Dobre o cabo de Folgerness, cuidado com as rochas e navegue até Easternebirig – dizia o jarl, de forma frenética e animada descrevendo por onde deveríamos passa. – Roube o aço de Galdren, para vender nas Ilhas Tessalias, onde e mais caro, e continue sua viagem para o sul tome cuidado meu filho, não crie muitos Janizzaros. – Recomendava ele, já que teríamos de caça-los depois. – E sempre deixe um toque de terror dos mannaro por onde for.”

Nossos drakkas seguiam para o sul, e o centuriou veterano que era nosso timoneiro, avistou ao longe no mar a leste de nós uma tempestade a caminho. Avaliei a distância e não me preocupei muito.

Devia ter desviado para a costa e ouvido seu conselho, mas idiota que era, segui a corrente quente que nos levava rápido para o sul. Afim de aproveitar a cobertura da tempestade para chegarmos de surpresa em nosso primeiro objetivo. A costa de Galdren.

Mal sabia que seria o inimigo a aproveitar a tempestade e foi nesse cenário que combati contra os guerreiros tessalios pela primeira vez…

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Sobre o Autor

Rafael Pio é Amazonense, manauara apaixonado por sua cidade, nascido em 1990. É desenhista e escritor, vê nas artes uma fonte renovadora de energia.

Está com o conto “A bruxa” publicado na Antologia Coven – A Hora das Bruxas, da Editora Olho de Pan. O conto se passa no mundo fantástico de Torpak e descreve a trajetória de Cory em busca de uma redenção familiar. A história é contada através do relato do soldado Silas, que nos cativa pela sua perspicácia na aventura e finaliza com grandes revelações, que nos fazem mudar de ideia quanto à verdadeira especialidade e intenção de Cory.

Logo teremos mais uma saga das terras de Torpak, com o conto “A horda dos senhores da guerra – o ataque”, na Antologia Espadas e Varinhas – Editora Mhajulla, ainda em processo de publicação.

Desfrute de mais contos incríveis e intrigantes, cheios de batalhas e aventuras, ilustrados com desenhos autorais na página do Instagram @cronicas_de_torpak, um mundo de fantasia medieval inspirado em RPG.

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