Versão restaurada do filme de 1983 traz de volta às telonas história que desafiou a censura da ditadura militar
A 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo vai trazer de volta às telas uma obra que desafiou a censura da ditadura militar: ONDA NOVA, dirigido por Ícaro Martins e José Antonio Garcia. Restaurado e remasterizado em 4K e exibido na 7ª Mostra, o filme de 1983 retorna em grande estilo, celebrando sua trajetória de resistência e mostrando que, quatro décadas depois, continua relevante, provocativo e inovador.
Confira, abaixo, cinco aspectos de ONDA NOVA que representam sua atemporalidade e você vai ver quando incluí-lo na sua programação da Mostra:
1. Você vai ver REPRESENTATIVIDADE:
O filme retrata as jogadoras do Gayvotas Futebol Clube em um momento crucial para o futebol feminino no Brasil: quando o esporte foi regulamentado após 40 anos de proibição. A narrativa questiona os padrões de gênero e sexualidade da época, oferecendo ao público queer uma história de empoderamento e resistência.
2. Você vai ver FIGURAS ICÔNICAS:
O filme conta com a participação de lendas como Regina Casé e Caetano Veloso. Há também os jogadores Casagrande e Wladimir, que iniciaram o movimento da Democracia Corintiana, e o locutor Osmar Santos, que além de futebol narrou o movimento “Diretas Já”
3. Você vai ver FUTEBOL FEMININO:
Em uma época em que o futebol feminino enfrentava ainda mais desafios do que hoje, ONDA NOVA coloca as jogadoras do Gayvotas Futebol Clube em destaque. O filme reflete a importância da inclusão no esporte, valorizando o talento das mulheres jogadoras nesse espaço historicamente considerado “masculino”.
4. Você vai ver HOMENAGEM AO CINEMA:
Produzido na Boca do Lixo, ONDA NOVA é uma homenagem a esse período transgressor do cinema brasileiro. Longe de ser uma”pornochanchada” tradicional, o filme incorpora elementos desse gênero ao subvertê-los, rejeitando o moralismo sexista e transformando-os em uma afirmação de liberdade.
5. Você vai ver ACLAMAÇÃO INTERNACIONAL:
A versão restaurada de ONDA NOVA foi exibido em agosto no Festival de Locarno e outros que celebram a diversidade queer, como o Queer Lisboa, Queer Porto e Cinema Queer em Estocolmo.
Programação na Mostra
Sábado, dia 19, às 21h30, na Cinemateca Brasileira – Espaço Petrobras
Domingo, dia 20, às 13h00, na Reserva Cultural – Sala 1